São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995
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Situação melhorou, diz governo

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro da Justiça, Nelson Jobim, não quis responder às críticas do relatório da Human Rights Watch por não ter visto o documento.
Afirmou, no entanto, por meio de sua assessoria, que o governo Fernando Henrique Cardoso "está se comportando na área dos direitos humanos como nenhum outro antes".
O ministro citou o reconhecimento dos desaparecidos políticos e o fato de o Brasil ter sido o segundo país do mundo (o primeiro foi a Austrália) a criar o Plano Nacional de Direitos Humanos.
Jobim disse que acredita na seriedade do relatório da Human Rights Watch, mas observou que ele "deveria, pelo menos, esperar o ano acabar".
O secretário-adjunto da Segurança de São Paulo, Luiz Antonio Alves de Souza, afirmou que houve apenas 284, e não 336 mortes de civis por policiais militares no primeiro semestre deste ano.
A assessoria de imprensa do secretário da Segurança de São Paulo, José Afonso da Silva, explicou que a diferença entre os dois números "deve ter sido ocasionada por policiais militares fora de serviço".
O secretário disse que estão sendo adotadas medidas punitivas contra policiais militares envolvidos em crimes, estejam ou não em serviço.
Entre elas, o afastamento das operações de rua e a indicação para cargos burocráticos e tratamento psicológico.
Segundo Alves de Souza, o número de crimes praticados por policiais militares caiu a partir de agosto: de setembro a novembro houve oito por mês, em média.
A assessoria de imprensa do secretário da Segurança do Rio de Janeiro, general Nilton Cerqueira, disse que "o secretário não tem feito nem fará comentários do gênero".

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