São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Empresa diz que decisões foram tomadas pelo governo do Brasil

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Erramos: 08/12/95
A Lockheed Martin, empresa formada com a fusão da Lockheed e da Martin Marietta em 1994, disse ontem que no seu entendimento as decisões sobre os equipamentos do projeto Sivam foram tomadas pelo governo do Brasil.
A porta-voz da companhia, Mary Jo Polidore, entretanto, afirmou à Folha que, na condição de subcontratada, ela não conhece detalhes dos procedimentos entre a Raytheon e o governo brasileiro.
"Os números que a Raytheon fornecer são os números certos", disse a porta-voz ao se referir aos preços dos radares a serem usados no Sivam. Ela também afirmou que, até onde pôde entender, todas as negociações foram feitas pela Raytheon e as possíveis subcontratadas não tinham contato direto com o governo brasileiro.
Polidore também contestou alegações de que o modelo de radar que sua empresa vai fornecer para o Sivam não tenha sido experimentado por outros clientes antes.
Ela diz que 115 unidades desse modelo já operam em 15 países.
"Mas cada unidade é única, diferente das demais, porque a empresa adapta o modelo às necessidades de cada cliente. Nesse enfoque, a unidade Sivam é inédita."
A Folha também falou ontem com um porta-voz da Westinghouse de prenome James, que pediu para ser citado só por sua função e, por isso, não revelou sobrenome. Ele disse que perguntas sobre os custos fornecidos ao governo brasileiro para os radares da Westinghouse devem ser encaminhadas à Raytheon, que é a contratada principal do projeto Sivam.
A porta-voz da Raytheon, Elizabeth Allen, nega que sua empresa tenha estimado o custo dos radares da Westinghouse em US$ 165,2 milhões, mas se recusa a dar o orçamento passado ao governo brasileiro por considerá-la "informação privada".
A Raytheon é a responsável pela implantação do Sivam.

Texto Anterior: Miranda propôs acordo que favorecia Raytheon
Próximo Texto: Lockheed vai rebater crítica
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.