São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995 |
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Miranda propôs acordo que favorecia Raytheon
LUCAS FIGUEIREDO
No dia 8 de novembro, em reunião com FHC no Planalto, ele disse que daria parecer favorável ao projeto caso o governo aumentasse em US$ 110 milhões o contrato com a Raytheon. Em depoimento à comissão do Senado que investiga o Sivam, o coordenador do projeto, brigadeiro Marco Antônio de Oliveira -um dos participantes da reunião-, confirmou a proposta. "Entendo que o senador dizia que era a única forma de levar o projeto à frente", afirmou Oliveira ontem. Além de FHC e Oliveira, participaram do encontro o então ministro da Aeronáutica, Mauro Gandra, e o secretário de Assuntos Estratégicos, Ronaldo Sardenberg. A reunião com FHC aconteceu 18 dias depois de o senador visitar a sede da Raytheon, nos EUA, onde também se encontrou com autoridades do governo norte-americano da área de aviação. Diante da comissão, Miranda confirmou que fez a proposta, mas negou tê-la condicionado à aprovação do projeto. "Minha preocupação era com um possível atraso das obras, mas nunca disse que daria parecer favorável. Não havia essa condição", disse. A Folha apurou, no entanto, que Miranda deixou claro que a verba extra era condição para a aprovação do empréstimo. No fim do depoimento de Oliveira, militares ligados ao projeto comemoravam a revelação da proposta de Miranda. O senador vem acusando irregularidades no projeto promovidas pela CCSivam (Comissão de Coordenação do Sivam), da Aeronáutica, e pela Raytheon. Texto Anterior: SBPC vai dar parecer sobre o projeto técnico do Sivam Próximo Texto: Empresa diz que decisões foram tomadas pelo governo do Brasil Índice |
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