São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995
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Operação é autorizada e oficial, diz delegado

DA SUCURSAL DO RIO

A ação dos policiais fluminenses na capital paulista está autorizada pela Secretaria de Segurança de São Paulo, afirmou ontem à Folha o chefe de Polícia Civil do Estado do Rio, delegado Hélio Luz.
"É uma operação oficial. Não estamos fazendo nada de oficioso", afirmou Luz.
A Polícia Civil do Rio está procurando há dois dias em São Paulo um dos supostos sequestradores do universitário Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira Filho, filho do presidente da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira.
Vieira Filho foi libertado no dia 30 de novembro, depois de ficar por mais de um mês em poder dos sequestradores.
Para localizar o suspeito, a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio enviou a São Paulo o diretor da DRE (Divisão de Repressão a Entorpecentes) da Polícia Civil, delegado Marcos Alexandre Cardoso Reimão, e três agentes.
O nome do suposto sequestrador está sendo mantido em sigilo pela polícia do Rio. O objetivo do segredo, segundo os policiais, é não atrapalhar as investigações.
O chefe de Polícia Civil disse que o procurado é um sequestrador atuante no Rio, que estaria em São Paulo sob proteção de criminosos locais, em uma favela.
Além do sequestro do filho do presidente da Firjan, o suspeito estaria envolvido nos sequestros dos empresários José Zeno e Antônio Queiróz Galvão.
A aliança entre criminosos do Rio e São Paulo está sendo investigada pela polícia fluminense desde o sequestro de Vieira Filho, em 25 de outubro passado.
A DAS (Divisão Anti-Sequestros) mantém preso há 15 dias um paulista que estaria envolvido no sequestro do filho do presidente da Firjan.
O nome do paulista não foi divulgado pela DAS.

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