São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995
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Polícia terá novo grupo para o caso com refém

CRISPIM ALVES; KENNEDY ALENCAR
DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, José Afonso da Silva, determinou a criação de uma nova equipe policial para atuar nas ocorrências em que criminosos mantenham reféns.
Silva pediu ao delegado-geral, Antonio Carlos de Castro Machado, e ao comandante da PM, coronel Claudionor Lisboa, que planejem a criação de uma equipe mista entre as duas polícias.
O secretário tomou a decisão porque ficou insatisfeito com o resultado da operação do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais da PM) no desfecho de uma tentativa de assalto a uma construção no Morumbi (zona oeste), onde dois ladrões mantinham 18 operários como reféns, em 8 de novembro.
O Gate invadiu o local do cativeiro. Os dois ladrões e dois reféns foram mortos. Cinco PMs foram afastados e são alvo de inquéritos. Laudos periciais do IC (Instituto de Criminalística) mostraram que os PMs mataram os reféns, versão contestada pelo Gate.
"É preciso uma nova forma de ação nesses casos, com negociadores mais hábeis e policiais mais bem treinados", disse o secretário. Segundo ele, a nova equipe deverá começar suas atividades em 1996.
O GER (Grupo Especial de Resgate), equipe da Polícia Civil que deveria fazer negociações com sequestradores nesse tipo de caso, será reformulado. O comando da PM também já deu sinais de que o Gate deverá passar por uma reformulação. A tropa não deve ser afastada desse tipo de operação.

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