São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995 |
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Produto de limpeza tem alta de até 9,5%
MÁRCIA DE CHIARA
A Bombril aumentou, em média, 7% os preços da sua linha de limpeza (sabão em pó, sapólio e amaciante de roupas). A Johnson & Johnson fez um reajuste médio de 8% nos preços das ceras líquidas, detergentes, desinfetantes e inseticidas. A Gessy Lever aumentou apenas alguns itens: detergente líquido (9,5%), amaciante de roupas (7%) e sabão em pó (6%). A informação obtida junto aos supermercados foi confirmada pela indústria. José João Armada Locoselli, presidente da Abipla, que reúne a indústria de produtos de limpeza, diz que esses aumentos tendem a se generalizar no setor porque decorrem da alta de matérias-primas, como a soda cáustica. Trata-se do segundo reajuste de preços depois da entrada do real. O primeiro ocorreu em março deste ano e oscilou entre 5% e 12%. Segundo Firmino Rodrigues Alves, presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), os aumentos devem chegar ao consumidor após o dia 20. Isso porque os supermercados travam hoje uma uma dura guerra para conquistar o cliente e, nesses itens, eles têm estoques para um período mais longo, de até 15 dias. Já nas cervejas e nos refrigerantes, o impacto da alta no bolso do consumidor será mais rápido. "Em até dez dias, o preço da bebida deve ser reajustado no supermercado", diz Alves. Desde terça-feira, Antarctica, Skol e Brahma aumentaram entre 9% e 9,5% a cerveja em lata, e entre 7% e 7,5% a bebida em garrafas de vidro, a "long neck". Nos refrigerantes, a Antarctica aumentou 12% o preço da embalagem plástica (PET), e a Pepsi, 11%. A Coca-Cola não confirmou a alta, segundo os supermercadistas. "O fato de a indústria estar reajustando os preços das embalagens descartáveis, que têm mais saída no verão, mostra a má intenção dos fabricantes. Eu já vi esse filme", afirma o presidente da Apas. Marcos Mesquita, superintendente do Sindicerv, que reúne a indústria da cerveja, diz que os aumentos não estão relacionados com a chegada do verão e o maior consumo de descartáveis. O motivo, diz ele, é a alta do preço das embalagens: a lata e a garrafa de vidro "long neck". Também os remédios tiveram uma nova rodada de aumentos, a segunda desde a entrada do real. Os preços dos medicamentos subiram, em média, 8%, podendo, em alguns itens, chegar a 14%. Segundo a Abifarma, que reúne a indústria, o reajuste foi autorizado pela Secretaria de Acompanhamento Econômico na quinta-feira. Texto Anterior: Inflação sobe e chega a 2,79%, diz Dieese Próximo Texto: Cai juro no mercado futuro; Bolsa sobe Índice |
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