São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995
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Inflação sobe e chega a 2,79%, diz Dieese

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A inflação voltou a subir em São Paulo, segundo o Dieese (órgão de assessoria econômica aos sindicatos).
O Índice de Custo de Vida (ICV) aumentou 1,29 ponto percentual e chegou a 2,79% em novembro para as famílias com renda entre 1 e 30 salários mínimos. Em outubro, a taxa foi de 1,50% e, em setembro, de 1,85%.
O custo de vida também subiu para as demais faixas de renda. Para as famílias com renda entre um e cinco mínimos, a alta foi de 2,74%, ou 0,83 ponto percentual maior do que no mês anterior.
Já para as famílias com renda entre um e três mínimos, o índice chegou a 2,91%, ou 0,79 ponto percentual acima do de outubro.
José Maurício Soares, secretário-técnico do Dieese, diz que habitação e alimentação foram os itens que mais pressionaram o custo de vida no mês passado.
Os gastos com habitação subiram 7,31%. O maior reajuste foi dos condomínios (23,60%), devido aos reajustes salariais de zeladores e ao pagamento do 13º salário. O aluguel, também em alta, teve variação de 4,90%.
As despesas com alimentação subiram 3,47% em novembro, reajuste maior do que os 3,36% acumulados em todo o primeiro semestre do ano, segundo Soares.
Ele prevê que a taxa de dezembro deve ficar estável. Soares afirma que os gastos com alimentação não deverão subir tanto como em novembro. Por outro lado, os reajustes de tarifas devem pressionar o índice para cima.
Segundo Soares, o impacto do reajuste das tarifas de telefones, anunciado recentemente, deve pressionar o ICV de dezembro e janeiro. O mesmo deve acontecer no caso do possível aumento da energia elétrica.
Já no início de 1996 a pressão de alta deve vir dos gastos com educação e tarifas públicas.
"Se as escolas seguirem a medida provisória do governo, as mensalidades poderão subir até 20%, com forte impacto", diz.
Outra pesquisa do Dieese mostra que os alimentos básicos subiram em 12 das 16 cidades onde o índice é apurado. Os maiores aumentos foram em Recife (7,61%) e em Fortaleza (7,07%).

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