São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995
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Crichton é o mestre da era dos best-seller

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MARCELO REZENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

O que há de mais interessante entre os filmes exibidos na TV, hoje, não é um bom filme. Algo que "Álibi Para Um Suspeito" (Globo, 1h25) não é.
Sua atração vem de seu realizador, o escritor -e por vezes cineasta- Michael Crichton, conhecido como autor de "O Parque dos Dinossauros", a maior bilheteria da história de Hollywood, conseguida pela produção de Spielberg e pela história de Crichton.
Ao contrário desse filme, ou do excelente "Westworld -Onde Ninguém Tem Alma", Crichton não está às voltas com a ficção científica. Mas um de seus constantes temas está presente em "Álibi": o jogo de aparências.
O filme mostra a história de um homem que se encontra em uma situação limite: ter de confiar cegamente em uma advogada para se livrar de uma acusação. É um suspense que se limita a seguir toda a cartilha do gênero.
Se há uma qualidade em "Álibi", não está em seu resultado final, decepcionante. Mas na chance que o filme proporciona de descobrir Crichton, o homem que foi capa da revista "Time", e que promete dar uma nova virada no cinema americano.
Crichton é, hoje, o grande mestre desse universo que se aproxima. Aquele em que o best-seller (livro ou filme) será um produto culturalmente relevante.
Outra atração é também de um diretor ocasional, o ator Danny DeVito e seu "O Campeão de Audiência" (Bandeirantes, 13h30).
Realizado para a TV, o filme mostra a curiosa história de um gângster que sonha em ser astro de televisão.
Para isso, utiliza de todos os recursos ilícitos possíveis. Divertido e nunca brilhante, "Campeão" trabalha a idéia do gangsterismo como a grande metáfora da iniciativa privada.

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