São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Josey é herói sem heroísmo
INÁCIO ARAUJO
Mas pode, perfeitamente, ser gravado. Josey integra a saga dos sulistas renegados que, terminada a Guerra de Secessão, em 1865, continuaram sua luta. Como quase sempre, em Clint, existe um motivo fortíssimo e muito pessoal, justificando o herói. O herói é que, a bem dizer, não se justifica muito. Ele existe numa dimensão tão ferozmente individual que sua luta não tem qualquer repercussão. Os sulistas, órfãos da Confederação, identificam-se a ele e a seus atos. Mas Josey segue uma tradição dos personagens de Clint Eastwood: ele não é deste mundo. É só uma ausência que, age à custa de muita dor. É um reflexo que pode ser adotado como herói por alguns. Não um herói. Só uma imagem, naquilo que a imagem se confunde com miragem: não há vida, só imitação da vida. (IA) Texto Anterior: Crichton é o mestre da era dos best-seller Próximo Texto: A "sofredora" Di trava guerra com a realeza Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |