São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Guerrilha não fez exigências
MARCELO MUSA CAVALLARI
Em negociações que acabaram ontem por volta das 19h de Luanda (16h de Brasília), o chefe da representação da Unita na comissão conjunta, Isaías Samacuva, disse que tratou com a organização do fim do cerco. Segundo o embaixador, o cerco não tinha nenhum objetivo militar. Os guerrilheiros teriam três motivos para sua ação. O primeiro, o único confirmado, disse Addor, é a recente movimentação de tropas do governo. Os guerrilheiros dizem que as manobras têm objetivos ofensivos e ferem acordo de paz de Lusaka. Segundo Addor, as movimentações se devem a motivos logísticos e estão dentro do acordo. Addor disse que pesam ainda duas acusações contra brasileiros. Um militar brasileiro teria, durante um culto religioso, falado insistentemente de Judas Iscariotes -o traidor que entregou Jesus para ser crucificado- associando-o a Jonas Savimbi, o líder da Unita. A outra acusação é a de que um brasileiro teria tentado violentar uma mulher angolana. A Unita não fez nenhuma reivindicação para pôr fim ao cerco, disse Addor. Texto Anterior: Hostilidade é maior, diz ONU Próximo Texto: CRONOLOGIA Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |