São Paulo, quinta-feira, 7 de dezembro de 1995 |
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Eleição de Sanguinetti abre país à democracia
CARLOS MAGNO DE NARDI
A margem oriental dos rios Uruguai e La Plata era ocupada por índios seminômades, os charruas, até o período colonial, quando os europeus começaram a se estabelecer na área. Os primeiros foram os espanhóis, fundadores da colônia em 1624. Depois vieram os portugueses, expulsos pelos espanhóis no século 18, quando o Uruguai passou a ser dominado pelo vice-reinado da Argentina. Durante as guerras napoleônicas, foi ocupado por pouco tempo pelos ingleses. Com o aparecimento das idéias revolucionárias, nessa época, o país entra no esforço geral dos latino-americanos pela independência. Em 1810, começa a guerra de independência, liderada pelo mártir uruguaio José Gervasio Artigas. Quatro anos depois, o domínio espanhol chega ao fim, com a ajuda da Argentina. O Brasil ocupa o país em 1820, mas, em 1825, um grupo de patriotas uruguaios, conhecido como os 33 imortais, declara o Uruguai República Independente. O país liberta-se do domínio brasileiro e, em 1828, se estabelece como Estado independente entre o Brasil e a Argentina. O período negro do Uruguai chega em 1973, quando o presidente eleito Juan Maria Bordaberry fecha o Congresso, suspende a Constituição e cria um conselho de Estado com o apoio dos militares. A influência política dos militares se estende até 1981, quando o país começa a esboçar os primeiros passos para a abertura política. O general Gregório Alvarez Armelino assume a Presidência da República e um novo plano político é aprovado. São sancionadas novas leis regulamentando a atividade sindical e o funcionamento dos partidos políticos. A partir de 83, o país mergulha em nova onda de repressão, sepultada com a convocação de eleições e a vitória de Sanguinetti em 85. Texto Anterior: País é o nosso inimigo mais querido Próximo Texto: Dois partidos se alternam no poder Índice |
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