São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 1995 |
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Autoridade
NELSON DE SÁ
É a impaciência do poder. Duas semanas de revelações e o presidente Fernando Henrique, no Fantástico, já fala em autoridade. Deus lhe pague Por falar em "autoridade", ninguém tem mais respeito por ela do que o SBT. Entra presidente, sai presidente, militar ou civil, e Silvio Santos com aquela Semana do Presidente que não muda, domingo a domingo. Agora, entra prefeito, sai prefeito, à esquerda ou à direita, e o apresentador Carlos Alberto da Nóbrega também elogia emocionado. Pouco tempo atrás, aconteceu com Luiza Erundina, a petista. Ontem, foi a vez de Paulo Maluf, que foi ao palco do programa A Praça É Nossa. Nóbrega se dissolveu: - Não vou agradecer os túneis, não vou agradecer as novas avenidas, não vou agradecer as ruas asfaltadas, os viadutos. Eu vou agradecer a coisa mais humana que se fez neste país, que é o projeto Cingapura. (palmas) - O trabalho mais lindo e humano que este país já viu. E, em nome do povo que dormia nos barracos, na rua, e hoje tem um banheiro, hoje tem um quarto para dormir, eu lhe digo, não obrigado, mas Deus lhe pague. (palmas) A autoridade Fernando Henrique também quer. Imagem de Pelé Já virou lugar-comum. "Voltando 30 anos", anunciou o locutor Galvão Bueno na Globo, descrevendo a final entre Santos e Botafogo. Lugar-comum ou não, os anos 60 pareciam mesmo estar de volta, ontem na televisão. As duas gerações, anos 60 e anos 90, dialogavam em toda parte, frase a frase. "Hoje eu perco o avião", teria afirmado Pelé após o jogo, no registro de Juca Kfouri, na Cultura. Pelé tinha viagem marcada para a Europa. "Eu não sei se ele está vivo, não", brincava Edinho, sobre o pai, Pelé, depois do jogo de ontem, na Bandeirantes. E Tostão, companheiro de Pelé há 30 anos, sobre um gol de Giovanni, o 10: - Quando eu vi, a imagem que eu tive foi do Pelé. Texto Anterior: Ministério aguarda definição de comissão do Senado Próximo Texto: Incra admite que entrega terra fraca Índice |
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