São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Minas recupera igrejas do século 18 em estilo barroco

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Duas igrejas do século 18 foram acrescentadas na última semana à lista de prédios religiosos históricos recuperados nos últimos seis meses em Minas Gerais.
Agora, são pelo menos cinco as igrejas em estilo barroco recuperadas neste semestre no Estado. Outras três, em Mariana, estão em obras e têm reabertura prevista para até o final deste ano.
Anteontem, a capela do Padre Faria, em Ouro Preto (a 96 km de Belo Horizonte), reabriu, um ano depois de fechada.
Na sexta-feira, foi reativada a igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Catas Altas (distrito de Santa Bárbara, a 120 km de Belo Horizonte).
Em Mariana (a 110 km de Belo Horizonte), as igrejas de Nossa Senhora do Carmo (de 1783) e São Francisco de Assis (de 1763) e a capela de Santana (1720) foram reinauguradas em julho (a primeira) e outubro (as duas últimas).
A igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Catas Altas, cuja construção se iniciou em 1738, ficou fechada nos últimos oito anos devido ao seu precário estado de conservação.
Segundo historiadores, ao contrário das demais igrejas daquele período, a matriz de Nossa Senhora da Conceição foi construída a partir da fachada e nave até chegar à capela-mor.
Isso explicaria o fato de a ornamentação dos altares laterais ser bem mais trabalhada e decorada.
No interior da igreja há obras do pintor Manuel da Costa Ataíde. A imagem do Cristo crucificado é atribuída ao mestre Aleijadinho.
A recuperação da igreja foi paga pela Companhia Vale do Rio Doce, que investiu R$ 225 mil.
A capela do Padre Faria, em Ouro Preto, passou por uma reforma da estrutura e por uma restauração (recuperação seguindo o original) das peças de ornamentação.
A capela é a segunda ou a terceira construção religiosa de Ouro Preto, cidade classificada como patrimônio histórico mundial e que possui 32 igrejas e capelas.
"Não sabemos a data certa da construção porque todos os documentos da capela se perderam", disse o secretário de Turismo de Ouro Preto, Mauro Werkema.
A capela data da primeira década do século 18. Para Werkema, "seguramente" é uma das primeiras construções religiosas da cidade. As obras custaram R$ 80 mil (R$ 60 mil financiados pelo banco Credit Commercial de France do Brasil e o resto, pela prefeitura).

Texto Anterior: Tiroteio entre traficantes deixa 6 mortos
Próximo Texto: Pará investiga postos de saúde fantasmas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.