São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 1995 |
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Empate classifica Botafogo; Cruzeiro reclama do juiz
MÁRIO MAGALHÃES
A equipe carioca acertou três bolas na trave. A mineira, uma. A torcida permaneceu no estádio por cinco minutos comemorando a conquista de um lugar na decisão. O Botafogo empatou as duas partidas das semifinais (1 a 1 e 0 a 0). Foi favorecido porque acumulou mais pontos do que o Cruzeiro na primeira fase. O time do artilheiro do campeonato -Túlio, com 21 gols- foi ajudado pela expulsão do lateral-direito cruzeirense Paulo Roberto aos 2min do segundo tempo. A equipe do Cruzeiro protestou contra o que considerou favorecimento do árbitro Francisco Dacildo Mourão (CE) ao Botafogo. O time carioca deve fazer na quarta-feira o primeiro dos dois jogos das finais. A finalíssima será no domingo. As datas serão anunciadas hoje no Rio pela Confederação Brasileira de Futebol. O Cruzeiro precisava vencer o jogo de ontem para se classificar. Por isso, foi mais ofensivo no primeiro tempo. O Botafogo jogou em contra-ataques, mas se atrapalhou, errando muitos passes. O segundo tempo foi marcado pelo desespero do Cruzeiro em busca do gol que o classificaria e por ataques rápidos botafoguenses, puxados quase sempre pelo atacante Donizete e pelo meia-atacante Iranildo, que substituiu Beto aos 27min do segundo tempo. O técnico botafoguense Paulo Autuori berrava à beira do campo para a equipe não ir excessivamente ao ataque, porque o empate lhe garantia um lugar na final. Os jogadores preferiram partir em bloco para cima do Cruzeiro, invertendo os papéis que se esperava dos dois times. Muitas vezes, o time mineiro teve contra-ataques perigosos, com a defesa do Botafogo fragilizada com poucos jogadores. Aos 43min do segundo tempo, a torcida botafoguense -quase 60 mil pagantes- se levantou e começou a gritar o hino do clube. O atacante Túlio foi homenageado com música inspirada em "Fio Maravilha", sucesso que Jorge Ben fez para homenagear Fio, centroavante do Flamengo. Ex-atletas do Botafogo foram ao Maracanã para incentivar a equipe. O lateral-esquerdo Nilton Santos (titular nos anos 50 e 60) teve o nome gritado pelos torcedores. O zagueiro Márcio Santos, hoje no Ajax, foi ao jogo e pediu para o time ganhar o título que ele perdeu pelo Botafogo na final do Brasileiro-92, vencido pelo Flamengo. Texto Anterior: O Botafogo merece Próximo Texto: Jogadores festejam e prometem título inédito Índice |
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