São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 1995
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Série de três livros traz testes de conhecimento para roqueiros

ROGÉRIO SIMÕES
DA REDAÇÃO

Quem até hoje se julgava um fã e conhecedor de rock, poderá ficar surpreso com a quantidade de informações, de utilidade discutível, que o gênero acumulou nos seus cerca de 40 anos de existência.
Uma série de três pequenas revistas recém-lançadas traz 600 perguntas, a maioria em forma de múltipla escolha, sobre astros, músicas, discos e filmes relacionados com o rock'n'roll.
"Quarenta Anos de Rock", de René Ferri e Maria Alice, é um incansável teste de conhecimento pouco útil, mas, em muitos casos, importante para quem vive ao lado do aparelho de som.
Algumas das perguntas são obrigatórias para quem quer levar a sério a paixão pelo tema.
Os que participaram, por exemplo, da onda "dark" do dos anos 80 não pode errar a questão 23 da terceira parte da série, o "Período Pós-Jurássico (1981-95)".
Quem toca a música "Bela Lugosi's Dead", na inesquecível abertura do filme "Fome de Viver", é o grupo Bauhaus e não David Bowie ou The Damned, como sugerem as outras alternativas.
Quem perdeu noites de sábado ouvindo as músicas do Yes tem de acertar a questão 119 da segunda parte (Período Jurássico): quem desenhava as capas dos discos do grupo era Roger Dean.
Mas as revistas são marcadas por certas perguntas inúteis, em que os autores parecem querer demonstrar seu conhecimento.
Pouca importância tem saber o que Trent Heznor, do Nine Inch Nails, faz com seus teclados depois de seus shows.
As revistas ainda trazem alguns problemas. Na questão 170 do terceiro volume, o disco do Led Zeppelin "Houses of The Holy" saiu grafado, em uma das alternativas, como "The House of Holly".
O disco "Pictures At An Exhibition", do Emerson Lake & Palmer, foi publicado, estranhamente, em português ("Quadros de Uma Exposição") na resposta da questão 138 do segundo volume.
Com exceção dos pequenos deslizes, a publicação é curiosa. É um teste de conhecimento e paciência.

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