São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 1995
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Filmes usam recursos privados

Luis Abreu e Eliane Caffé

JOSÉ GERALDO COUTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Os estreantes em longa provam que os caminhos para o cinema brasileiro são muitos no que diz respeito aos modos de produção.
As duas produções mais caras -"Buena Sorte" e "Jenipapo"- captaram recursos principalmente junto à iniciativa privada, graças às leis de incentivo fiscal.
Ambas as diretoras tiveram avalistas importantes para isso: Tania Lamarca ganhou o Prêmio Resgate do Ministério da Cultura (R$ 150 mil); Monique Gardenberg teve o apoio do produtor norte-americano Alan Poul, graças à intervenção do compositor Philip Glass, seu amigo e autor da trilha do filme.
Tata Amaral ganhou R$ 100 mil num concurso do Banespa, na categoria telefilme, e completou o modesto orçamento de "Um Céu de Estrelas" com R$ 120 mil da distribuidora Riofilme.
Os estreantes têm optado pela edição eletrônica. Tudo o que é filmado é telecinado e editado em vídeo antes de ser montado em celulóide, poupando tempo e dinheiro.
O único filme falado em outra língua (inglês) é "Jenipapo". De acordo com Monique, era inevitável: "Escrevi a história quando estudava cinema nos EUA, e meu personagem tem uma onipotência que só os americanos têm".
Parte de "Os Matadores" é falada em espanhol. Beto Brant admite que a estratégia visa atingir o mercado latino-americano. Já Tania Lamarca está de olho no grande público brasileiro: "Quero que a Janete, das Lojas Americanas de Quixadá, goste do meu filme".
(JGC)

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