São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 1995
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Iniciada a transferência de Hebron aos palestinos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um primeiro contingente palestino formado por 13 policiais chegou ontem a Hebron, na Cisjordânia. A tarefa dos policiais será auxiliar na retirada do Exército israelense da região ocupada.
Ontem pela madrugada o Exército israelense evacuou outra cidade da Cisjordânia, Tulkaram, e entregou o controle da área à Autoridade Nacional Palestina.
A saída de Hebron deve se realizar de forma gradual até março de 96, segundo o acordo de extensão da autonomia da Cisjordânia assinado em 28 de setembro passado.
O Exército israelense deve permanecer em alguns bairros para garantir a segurança dos 400 colonos judeus que vivem em Hebron.
A chegada dos policiais palestinos gerou protestos entre colonos israelenses.
Dezenas de colonos judeus participaram de manifestações contra a chegada dos policiais bloqueando a estrada aos veículos civis palestinos.
Hebron é um foco de tensão por causa da presença dos colonos israelenses em meio a uma população palestina de cerca de 120 mil habitantes.
Em sua primeira viagem aos EUA como primeiro-ministro de Israel, Shimon Peres tem como um dos principais pontos de sua agenda a negociação de conversações de paz com a Síria.
Antes da viagem, o premiê disse em entrevista ao jornal "Maariv" que "a principal mensagem que recebi de Damasco foi que os sírios estão dispostos a negociar, mas querem saber quais serão nossas iniciativas".
O presidente da Síria, Hafez al Asad, condiciona qualquer tentativa de negociação de paz à devolução das colinas de Golã, tomadas por Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Antes de desembarcar em Washington, Peres disse a jornalistas que "a maioria dos israelenses sabe qual é o preço da paz, mas sem acordos de segurança não haverá tratado e sem relações normais entre os dois países não haverá paz".
O governo de Israel nunca declarou publicamente até que ponto estaria disposto a se retirar do território estratégico de Golã.
Três soldados noruegueses da força de pacificação da ONU (Organização das Nações Unidas) no sul do Líbano foram feridos ontem na explosão de uma bomba israelense, informou o subcomandante e porta-voz dos "capacetes azuis", Timor Goskel.
Os comandantes da força encaminharam protesto oficial às autoridades israelenses.
A Rádio Líbano informou que se tratava de uma bomba de fragmentação, artefato proibido por acordos internacionais.
Em outra versão, os meios militares israelenses que investigam o incidente disseram que um tanque feriu os soldados noruegueses durante uma patrulha.

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