São Paulo, segunda-feira, 11 de dezembro de 1995
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FHC e Graziano; "Programa de Índio"; Direito à memória; Resistência; Aposentadoria; Santos de casa; Falta de informação; Prêmio merecido; Centro Tecnológico; Boas festas

FHC e Graziano
"O caso Graziano obriga FHC a organizar um grupo de assessores competentes e de toda a confiança com o único objetivo de informá-lo de coisas que irão acontecer nos vários setores do Governo, idealizadas por lobbies ou pessoas interessadas e que visam chegar ao presidente como se fossem decisões adotadas em benefício da nação. Falo de cátedra, como ex-auxiliar diuturno do prefeito Jânio Quadros. O presidente FHC somente soube do escândalo do Sivam através de um 'grampo' telefônico ordenado por não se sabe quem e levado até ele pelo presidente do Incra, seu ex-assessor de confiança. Francisco Graziano foi o 'bode expiatório' da trama do grampo telefônico e pretendeu avisar o amigo com a escuta dos corruptos que preparavam o 'golpe de mestre' no caso Sivam. Informe-se Presidente, para não parecer aos olhos do povo como um intelectual do Real, mas displicente e desinteressado de assuntos menores (mas de alta importância) representados pelo fato consumado dos espertalhões de plantão."
Tito Livio Fleury Martins (São Paulo, SP)

"Programa de Índio"
"Causou-nos estranheza o protesto, publicado na seção de cartas deste jornal, do senhor Pedro Assis do Couto e Silva, de Brasília, que se mostrava indignado com a criação, pela Fundação Nacional do Índio e Radiobrás, do 'Programa de Índio', na Rádio Nacional da Amazônia. 'Programa de Índio' é apenas uma forma de o índio brasileiro, as autoridades ligadas a este setor e todos os brasileiros interessados nesta causa tão nobre, que é a causa indígena, manifestarem seu ponto de vista. É equívoco da parte do senhor Pedro Assis, a afirmação de que representantes de ONGs entrevistam os índios. Na verdade, o programa é feito por profissionais da área de comunicação da Funai e Radiobrás. Os índios falam em suas línguas ao transmitir recados para seu povo, mas a tradução é imediata."
Edson Luiz Ferreira, coordenador-geral de Assuntos Externos da Fundação Nacional do Índio (Funai) (Brasília, DF)

Direito à memória
"A AMAPPH (Associação dos Moradores e Amigos de Pacaembu, Perdizes e Higienópolis) vê com indignação o açodamento com que o órgão estadual Condephaat liberou a demolição dos casarões da av. Higienópolis. Horrorizados com o aviltamento da memória arquitetônica da cidade, declaramos às 10.000 pessoas que assinaram em favor da preservação que usamos de todas as armas democráticas e honestas em nossa campanha. No entanto, a gravíssima crise institucional que abala o país anulou o direito do cidadão à memória de sua cidade. O único compromisso que os órgãos de preservação parecem ter é com a ansiedade devoradora da indústria imobiliária."
Oscar Bressane, presidente da AMAPPH (São Paulo, SP)

Resistência
"Consideramos que o neoliberalismo na França é bem mais escrupuloso do que no Brasil. Contudo, aqueles que imaginavam o povo francês anestesiado pelo bem-estar material estavam enganados. Ou será que o neoliberalismo lá estaria sendo mitificado por nós como mais escrupuloso? Ou será que o nosso neoliberalismo é muito mais inescrupuloso do que pensávamos? Quem sabe se a resistência na França possa dar um pequeno peteleco inicial, acordando a maioria da sociedade do seu estado de pasmo e impotência. Seria um dado positivo da globalização da informação. Quem sabe a Folha, com seu parque gráfico do futuro, pudesse aprofundar sua colaboração no sentido de interromper o efeito da anestesia. Quanto à emenda constitucional da Previdência Social, a Folha poderia iniciar o processo acima imaginado, entrando no mérito do tenebroso 'lobby' dos grandes bancos para inviabilizar as Fundações da Previdência Privada ligadas às empresas públicas. Ou seria simples iniciativa dos tucanos 'social-democratas' e das neo-vestais do PFL?"
Olavo Cabral Ramos Filho (Rio de Janeiro, RJ)

Aposentadoria
"Sou assinante com 78 anos de idade e tenho visto e ouvido notícias sobre aposentadoria na TV e não as tenho encontrado no nosso jornal, a Folha. São notícias que dizem respeito a uma infinidade de pessoas. Dei o melhor de minha vida para a minha terra, trabalhei e paguei por esse direito, prometido e que estão me negando. Não é justo que seja marginalizado e agora pago por um veículo que não publica as notícias que necessito saber."
Nicola Marra (São Bento do Sapucaí, SP)

Santos de casa
"Na edição de 28/10 foi publicada a matéria 'Santos de casa fazem milagre à consciência'. Entretanto, o texto que se seguiu não tinha qualquer conteúdo jornalístico, quero dizer, não trazia qualquer informação ou notícia que, de alguma forma, pudesse ser útil ao leitor. Pensei tratar-se de peça publicitária, visto que o texto era incisivo, visando convencer o leitor da necessidade e utilidade de se comprar uma imagem 'do santo, santa ou anjo' predileto. E, o que é pior, trazia duas sugestivas indicações de estabelecimentos em que poderiam ser adquiridas tais imagens. Não estou me apegando ao lado religioso do problema. O problema é a publicação de peça de propaganda disfarçada de texto jornalístico."
José Rogério Rodrigues (Taquaritinga, SP)

Falta de informação
"Corporativismo, senhor ouvidor? 700 mil são 59,65% de leitores não-informados. Eu inclusive. O ombudsman só lamenta; os leitores talvez comprem outro 'efêmero' vespertino, já que tratados como meros consumidores, como querem os publicitários, é possível que tratem o jornal como mera mercadoria. Um jornal que se diz vencedor e que se gaba de deter o recorde de mais de 1,5 milhão de exemplares numa edição e não checa o mundo (globalizado) para fechar uma outra, iniciada às 10h30 do dia anterior e ainda se congratula intramuros por não dar uma notícia de tal importância, demonstra desdenho ao leitor. A notícia da morte de Yitzhak Rabin é muito importante por diversos aspectos. A Folha não deu. Ao menos para mim e mais 700 mil leitores. Se é estafante fechar uma edição com 1.273.624 exemplares, a solução deve ser fazer mais jornal e menos papel."
Jáder Rocha (São Paulo, SP)

Prêmio merecido
"Congratulo o Movimento dos Sem Terra (MST) pelo prêmio Itaú-Unicef Educação e Participação. Isso só reforça a seriedade do Movimento. Parabéns à Folha pelo espaço dado à divulgação desse prêmio, principalmente quando sabemos o cerco que é feito por grande parte da imprensa ao MST."
Walter Aguiar, secretário de Planejamento e Meio Ambiente de S. José dos Campos (S. José dos Campos, SP)

Centro Tecnológico
A Folha recebeu e agradece as mensagens de congratulações pela inauguração do Centro Tecnológico Gráfico-Folha de: Manuel da Silva Sé Júnior, vice-presidente da Tivoli Com. Imp. e Exportação (São Paulo, SP); Sérgio Dal Maso, presidente da Sociedade Brasileira de Planejamento Empresarial -SPE (São Paulo, SP); José Antonio Monteiro Ferreira e Maurílio Pierrotti Guimarães, diretores da McLeod Ferreira Consultoria Técnica e Comercial (São Paulo, SP); Raimundo José Araujo, diretor de construções da Area Arquitetos e Engenheiros Associados (Santos, SP); Luiz Fernando Emediato, jornalista e editor de livros (São Paulo, SP); José Nêumanne Pinto, jornalista (São Paulo, SP); Antonio Penteado Mendonça, advogado (São Paulo, SP); Wanderley Moura, diretor financeiro da Litográfica Ypiranga (São Paulo, SP); Arnaldo Lacombe, diretor presidente da Editora Legenda Ltda. (São Paulo, SP); Fabio Albamonte Amaral, diretor de operações da Logus Propaganda Ltda. (Campinas, SP); José Fernando Boucinhas, sócio-diretor da Boucinhas & Campos (São Paulo, SP); Milton Monti, líder da bancada do PMDB na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (São Paulo, SP); Lobbe Netto, deputado pelo PMDB-SP (São Paulo, SP); Renato Amary, deputado estadual pelo PSDB-SP (São Paulo, SP).

Boas festas
A Folha retribui as mensagens de boas festas que recebeu de: Maurício Schulman, presidente da Federação Brasileira das Associações de Bancos (São Paulo, SP); Henrique de Campos Meirelles, presidente do Banco de Boston (São Paulo, SP); Toyota do Brasil S/A (São Bernardo do Campo, SP); Dimas de Melo Pimenta (São Paulo, SP); Guazzelli Associados (São Paulo, SP); Jatiúca Hotéis & Resorts (São Paulo, SP); Universidade São Marcos (São Paulo, SP); Araci Magrão (Vacaria, RS); Adalino Cabral (Massachussetts, EUA); Olavo Drummond (São Paulo, SP).

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