São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 1995
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Indústria de áudio e vídeo tem lucro recorde

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria brasileira de áudio e vídeo fecha 1995 com lucro recorde. Semp Toshiba, Philips, Sharp, Itautec Philco e Gradiente são, pelo menos, cinco exemplos.
A Semp Toshiba termina este ano com US$ 60 milhões de lucro líquido -o maior da história da empresa, diz Affonso B. Hennel, presidente.
"Foi um ano excepcional. Os preços caíram e a produção e o lucro aumentaram", diz Hennel.
A Philips encerra 1995 com lucro operacional da ordem de US$ 130 milhões -também o maior já conquistado pela companhia no Brasil, afirma Frans H. Sluiter, diretor-presidente.
Na Sharp do Brasil, o lucro líquido deste ano deve chegar próximo de US$ 77 milhões, um salto de 60% sobre o do ano passado, de US$ 48 milhões.
Na Itautec Philco, prevê-se aumento de 20% do lucro líquido sobre o de 94, de US$ 18 milhões. Também é o maior da empresa.
A Gradiente, que até o terceiro trimestre acumulara lucro líquido de US$ 18,8 milhões (até então, o segundo maior resultado da companhia em cinco anos) é outra que pode ter lucro recorde neste ano.
"É o ano do consumidor e das empresas", afirma Hennel. Os preços dos televisores, diz, caíram entre 10% e 12% e os dos videocassetes, 15% em um ano.
Nunca as indústrias de áudio e vídeo venderam tanto. A Semp Toshiba produziu entre 45% e 50% mais do que em 1994.
"Com mais volume vendido, vamos poder investir mais daqui para frente", afirma Hennel.
Em três anos -a partir de 1996-, a empresa investirá US$ 120 milhões em novos produtos, equipamentos e modernização.
A Philips, conta Sluiter, também está animada com seus planos de investimento graças ao aumento de vendas -30% sobre 1994. Ela reserva US$ 600 milhões para gastar no Brasil até o ano 2000.
A maior parte do dinheiro -60%- será destinada à produção de cinescópios. Ela passará de 7 milhões para 10 milhões de unidades por ano.
À Walita, empresa da Philips, estão reservados US$ 40 milhões, especialmente para aumentar a produção de motores de 2 milhões para 4 milhões de unidades anuais.
Novos consumidores
Manoel Horácio da Silva, presidente da Sharp do Brasil, diz que o bom desempenho do setor e da empresa se deve à entrada de novos consumidores no mercado.
"Como os preços caíram, mais pessoas puderam comprar." Ele conta que a Sharp vendeu até outubro 533 mil televisores e deve chegar a 709 mil até o final do ano, mesmo número do ano passado. "Vale lembrar que 1994 já tinha sido bom por conta da Copa."
Darcy Magalhães, diretor da Itautec Philco, diz que a empresa vendeu 120 mil TVs em cores e 40 mil vídeos em novembro e o mesmo volume em outubro -recordes de vendas da empresa.

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