São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Fundação quer ampliar ajuda a pessoas cegas
DA REPORTAGEM LOCAL A mais importante entidade de ajuda aos cegos do país, a Fundação Dorina Nowill, está fazendo uma campanha para arrecadar fundos que permitam a conclusão da reforma de sua sede, na Vila Mariana (zona sul de São Paulo).A idéia é inaugurar as novas instalações em 11 de março, quando a fundação comemora seu cinquentenário. A reforma vai exigir cerca de R$ 1 milhão. "Conseguimos até agora só metade do dinheiro", lamenta Dorina de Gouvêa Nowill, 76, fundadora e presidente da entidade. Além de resolver problemas básicos como goteiras e instalações inadequadas, a reforma permitirá que a fundação duplique a produção de livros em braile e aumente em até 50% o número de vagas em seus vários programas de ajuda a crianças e adultos cegos ou com grave deficiência visual. A fundação abriu duas contas para receber as doações para a reforma (veja o número delas abaixo). "Qualquer contribuição é muito bem-vinda", diz Dorina. A entidade é a maior produtora de livros em braile do país. São cerca de 100 mil exemplares por ano. Entre romances, livros didáticos e publicações científicas, cerca de 200 títulos são lançados anualmente. "Mas a demanda é muito maior que isso", afirma Dorina. Esses livros são distribuídos a 630 entidades de todo o país ou às pessoas que se inscrevem em sua biblioteca circulante. A fundação também produz livros gravados e equipamentos para cegos (como bengalas e material para a escrita em braile). Outra atividade básica são os programas especializados para crianças cegas. Elas são submetidas a exercícios de estimulação precoce e de educação psicomotora, que facilitam sua adaptação à sociedade. Hoje, 80 crianças frequentam a fundação. Há ainda programas de reabilitação e profissionalização para jovens e adultos com deficiência visual. Não há estatística oficial sobre o número de pessoas cegas ou com visão subnormal no Brasil. Calcula-se que exista cerca de 1,5 milhão de pessoas nessas condições. A fundação, uma entidade sem fins lucrativos, vive basicamente de doações particulares. As contribuições oficiais não ultrapassam 10% do seu orçamento. Uma fonte importante de recursos são os bazares (de antiguidades, roupas etc.) e a venda de aparas de papel, doadas por empresas. Mas a receita da fundação é insuficiente. "Ela não sobreviveria sem os voluntários", diz Dorina. Eles fazem a digitação de livros em braile e a leitura para os livros falados, entre outras atividades. Quem quiser colaborar com a reforma da Fundação Dorina Nowill deve fazer contribuições nas contas 2910-6, agência 120 (Domingos de Moraes), do Banco América do Sul, e 17.554-9, agência 0081 (Ana Rosa), do Banco Itaú. O tel. da fundação é (011) 549-0611 e 571-3825. Texto Anterior: Mauá ganha novo parque amanhã Próximo Texto: Primeiro objetivo foi produzir livros em braile Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |