São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Índice

Final resgata supertimes dos anos 60

DA REPORTAGEM LOCAL

Se há alguma lógica no futebol, ela privilegiou na final do Brasileiro de 95 dois dos clubes que mais se modernizaram no ano.
Santos e Botafogo, rivais nos anos 60 com Pelé e Garrincha, respectivamente, estão atravessando um "revival", um renascimento. A decisão do campeonato apenas coroa esse processo.
A equipe paulista, que não conquista títulos desde 1984, depurou sua direção no ano passado, após um escândalo no bingo do clube. Uma nova diretoria assumiu, com o aval de Pelé, hoje ministro dos Esportes.
No começo deste ano, Pelé divulgou a política do "pé no chão". O clube não faria contratações caras, não gastaria além de suas possibilidades, priorizaria a revelação de jogadores e a construção do centro de treinamento.
O campo da Vila Belmiro, que era um dos piores de São Paulo, foi recuperado. Agora o clube quer ampliar a capacidade do estádio de 25 mil para 35 mil espectadores.
No Botafogo, houve neste ano o acerto do patrocínio com uma marca de refrigerante. Isso permitiu à equipe manter seus principais jogadores, entre eles o artilheiro Túlio.
Na última semana o clube voltou a sua sede, na rua General Severiano. O prédio, que havia sido vendido em 1976, foi recomprado. A abertura de um shopping no primeiro andar forneceu recursos ao clube para construir um centro esportivo, com campo de treinamento.

Texto Anterior: Ataque do Santos repete o estilo dos anos 60
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.