São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 1995 |
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Superstição santista intensifica guerra de nervos no Pacaembu Equipe exige vestiário dos visitantes, que daria sorte JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Os jogadores do Santos fazem questão de usar o vestiário número dois do Pacaembu, normalmente utilizado pelos visitantes. "É o vestiário que tem nos dado sorte", disse o volante Carlinhos. A direção do Botafogo, assim que tomou conhecimento da superstição santista, passou a exigir o vestiário número dois. "Que eu saiba, o time de fora é o Botafogo", ironizou Carlos Augusto Montenegro, presidente do clube. "Se o visitante fica no vestiário dois, ele será do Botafogo." A afirmação do dirigente botafoguense revoltou os santistas. "Não entendo o que eles querem", reclamou Clodoaldo Tavares Santana, vice-presidente do Santos. "Primeiro, a história de mudar a final para o Maracanã. Depois, ameaça de tirar o time de campo. Agora, o vestiário..." Montenegro teria dito também que, caso o Santos coloque seguranças em campo, o Botafogo abandona o gramado. Segundo ele, no Brasileiro de 81, no Morumbi, o São Paulo venceu o Botafogo por 3 a 2 "reforçado" por seguranças. "Eles intimidaram nosso time." Como o Santos tem o mando de campo, pode escolher o vestiário. "A superstição do vestiário começou quando a gente ganhou do Palmeiras e do Guarani", disse o preparador físico Carlito Macedo. No Brasileiro, o Santos venceu os três jogos que disputou no Pacaembu (1 a 0 contra o Palmeiras, 2 a 0 contra o Guarani e 5 a 2 contra o Fluminense). Nas duas primeiras partidas, Palmeiras e Guarani tinham o mando de campo e ficaram no vestiário número um, o principal. Na terceira, o mando era do Santos, que quis continuar no vestiário dos visitantes. Mesmo quando a equipe treina no Pacaembu, os jogadores costumam usar o vestiário número dois. NA TV Globo, Bandeirantes e Globosat/Sportv, ao vivo Texto Anterior: Treinador já atuou com Pelé Próximo Texto: Pais temem abalo emocional do garoto-talismã Índice |
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