São Paulo, domingo, 17 de dezembro de 1995 |
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Pais temem abalo emocional do garoto-talismã
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
"Ele está feliz com a atenção da imprensa, a popularidade...", disse Alzira, a mãe do garoto. "Mas, ao mesmo tempo, o Gustavo se acha responsável pelo sucesso ou insucesso do Santos. Se o time perder o título, não sei como vai ficar a cabeça dele." O pai do mascote, Carlito Macedo, também está preocupado. "Você não imagina como ele ficou abalado com a derrota para o Fluminense. Passou a noite chorando", comentou Macedo, que é preparador físico do Santos. "Falei para ele que essa coisa de mascote é brincadeira. Um mascote não ganha jogo." Macedo, porém, teve de ceder à insistência não apenas dos jogadores, mas do próprio filho. "Todos acham que o Gustavo dá sorte. Imagina se eu não levo meu filho e o Santos perde. Com que cara eu vou ficar?", perguntou. O mascote, que foi ao Maracanã assistir ao primeiro jogo da final, ficou abalado com a derrota por 2 a 1, mas hoje entra em campo com o time. Gustavo acha que o Santos ganhará por 3 a 0. O atacante Camanducaia, jogador que adquiriu a fama de talismã no Santos, também acredita que o estigma não é positivo. "É uma coisa que marca você", declarou. "No meu caso, como o santista acha que eu dou sorte quando entro no segundo tempo, fica parecendo que eu sou um jogador de 45 minutos." Após os gols marcados contra o Corinthians, quando entrou no decorrer do jogo, Camanducaia passou a ser considerado uma espécie de Tupãzinho, o talismã da equipe do Parque São Jorge. (JCA) Texto Anterior: Superstição santista intensifica guerra de nervos no Pacaembu Próximo Texto: Zagallo acredita que 'estrela' define decisão Índice |
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