São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 1995 |
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Policiais levam presidente à 'festa' errada
MARTA SALOMON
"Me levaram para a festa errada", contou o FHC quando conseguiu finalmente chegar à casa da embaixada brasileira em Kuala Lumpur, numa das ruas vizinhas, onde uma recepção o esperava. FHC disse que se divertiu com o espanto da família malaia com a chegada de sua barulhenta comitiva. A família não fazia idéia de quem se tratava. A maioria dos malaios não conhece o Brasil, assim como a maioria dos brasileiros só ouviu falar da Malásia em algum aparelho eletrônico importado. Conhecido como um dos "tigres asiáticos" da nova geração, a Malásia faz parte de um grupo de países que apresentam as maiores taxas de crescimento econômico do mundo -cerca de 9% ao ano. Durante dois dias de visita do primeiro presidente brasileiro ao país, FHC quer intensificar o comércio com o sudeste asiático. A obra da hidrelétrica de Bakum, de US$ 5 bilhões, é o negócio mais disputado no país por três empreiteiras brasileiras. Seguindo o modelo da agenda da viagem à China, o presidente vai se encontrar na Malásia com as principais autoridades do país e participar de um seminário empresarial. Hoje cedo, FHC receberá do rei Tuanku Jafar e da rainha Najihah as boas vindas ao país, numa cerimônia que exige o uso de chapéu das mulheres e proíbe o amarelo -cor exclusiva do rei. No caminho de Kuala Lumpur, o presidente passou ontem por Macau -território chinês sob administração de Portugal, que será integrado à China em 1999. "Nos sentimos quase no Rio de Janeiro", observou o presidente, impressionado com as semelhanças entre Macau e alguns bairros cariocas. Entreposto comercial português nas viagens ao Oriente, no século 15, Macau se apresenta hoje como uma "porta" para o boom econômico da China". Macau forma com a vizinha Hong Kong e a região dos distritos industriais do Cantão chinês uma espécie de triângulo no sudeste asiático. Esta região também apresenta altas taxas de crescimento econômico. Embora a língua oficial seja o português, o chinês é falado por 99% dos habitantes de Macau, que sobrevive com dinheiro do turismo e do jogo. Texto Anterior: BC enfrenta novo confronto com PFL Próximo Texto: Questão social é tema de duas publicações Índice |
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