São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 1995 |
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BC enfrenta novo confronto com PFL GUSTAVO PATÚ GUSTAVO PATÚ; VALDO CRUZ
O BC não quer aceitar a primeira proposta do Banco Excel pelo Econômico, apoiada pelo PFL e pelo interventor Francisco Flávio Barbosa. Proposta de outro banco, com corte de agências e menor custo para o Tesouro, pode adiar o negócio para o mês que vem. Esse novo desgaste tende a aumentar ainda mais a insatisfação da diretoria do BC e pode precipitar mudanças no banco. No BC se avalia que a autoridade da diretoria ficou insustentável depois que os ataques sofridos de políticos não foram rebatidos pelo governo. Esse será um dos pontos a serem discutidos no retorno do presidente Fernando Henrique Cardoso, na próxima quinta-feira. A cúpula do BC se queixa de ter virado o bode expiatório de problemas políticos do governo com sua base de apoio, em especial no recente caso da pasta cor-de-rosa. Segundo a Folha apurou, o presidente do BC, Gustavo Loyola, e os diretores Cláudio Mauch (Normas e Fiscalização) e Alkimar Moura (Política Monetária), são os mais propensos a antecipar um possível pedido de demissão. No BC se prevê, porém, que os demais diretores -Gustavo Franco (Assuntos Internacionais), Francisco Lopes (Política Econômica) e Carlos Eduardo Tavares (Administração)- acompanhariam a saída de Loyola. A saída da diretoria do BC cria um problema para o governo: não há muitos nomes para substituir Loyola e os atuais diretores. Para o lugar de Loyola, o primeiro sondado pelo governo foi o presidente do Banco do Brasil, Paulo César Ximenes, que já substituiu o mesmo Loyola no governo Itamar. Outros nomes têm o inconveniente de serem ligados ao setor financeiro privado. São o ex-diretor do BC Armínio Fraga, operador do Soros Fund, e o presidente do BNDES, Luís Carlos Mendonça de Barros, que desligou-se do Banco Matrix há pouco tempo. O nome de Luís Carlos Mendonça de Barros envolve ainda uma equação política complicada: seu irmão José Roberto, o secretário de Política Econômica, é o nome mais provável para substituir o ministro Pedro Malan. LEIA MAIS Sobre a crise política no governo e a pasta cor-de-rosa do Banco Econômico à pág. 1-6 Texto Anterior: FHC condena ataques à equipe econômica Próximo Texto: Policiais levam presidente à 'festa' errada Índice |
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