São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 1995
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Ladrão pode ter sido executado pela PM

CRISPIM ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

A descoberta de que um dos ladrões que mantiveram 18 operários como reféns em uma construção no Morumbi (zona oeste) pode ter sido executado complica a situação dos policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais). A constatação é do promotor Luiz Roque Lombardo Barbosa, corregedor da Polícia Judiciária Militar.
Segundo Barbosa, o assaltante Valteran Fernandes de Moura levou um tiro praticamente à queima-roupa na região do tórax. O laudo do IML (Instituto Médico Legal) revelou que o peito do assaltante apresentava "zona de tatuagem" (vestígios de pólvora e queimadura na pele).
Moura foi morto no dia 8 de novembro, quando os PMs do Gate invadiram o cativeiro. A ação terminou com a morte de dois reféns e dos dois ladrões. Segundo laudos do IC (Instituto de Criminalística), todos foram mortos por PMs.
Seis policiais foram indiciados no inquérito militar, entre eles o tenente-coronel José Carlos Bononi, comandante do 3º Batalhão de Choque da PM, e o capitão Wagner Gomes Tavares Pinto, que chefiou a operação.
A reconstituição da ação confirma a possibilidade de o tiro ter sido dado quase à queima-roupa. Segundo Barbosa, isso agrava a situação, pois é típico de casos de execução. Os sobreviventes afirmam que na invasão os ladrões já estavam feridos e não reagiram.

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