São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 1995
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Mercado está em expansão

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem quer ingressar na carreira farmacêutica tem motivo para estar otimista: os cursos são estruturados para ajudar a inserção dos profissionais em um mercado que oferece boas oportunidades.
No último semestre, o aluno tem de fazer um estágio supervisionado na própria faculdade ou na iniciativa privada.
"Existe uma preocupação em colocar os estudantes em contato com a realidade do trabalho", afirma o professor Francisco Miguel Belda Neto, diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Araraquara.
O campus de Araraquara, além de manter vários laboratórios e até uma pequena indústria farmacêutica onde os alunos podem fazer estágio, também mantém convênios com diversas empresas privadas.
Segundo José Norberto Callegari Lopes, diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto a universidade também faz convênios com iniciativa privada.
As perspectivas do profissional da área de farmácia são positivas, segundo Dirceu Brás Barbano, presidente do Conselho Regional de Farmácia e professor do Departamento de Farmácia da Puccamp (Pontifícia Universidade Católica de Campinas).
"O consumo de medicamentos produzidos por meio de manipulação está crescendo. Os médicos tendem cada vez mais a receitar doses individualizadas."
Segundo o Barbano, a imagem do farmacêutico dentro do setor público também está mudando. "Dentro de sua atual lógica de racionalização de recursos, o Estado já percebeu a necessidade do gerenciamento e planejamento da assistência farmacêutica."
Um dos ramos industriais mais promissores para os profissionais da área nos próximos anos é o de cosméticos, segundo Cleide Gobbi, diretora de Planejamento da faculdade Anhembi Morumbi, que criou um curso de farmácia industrial com ênfase em cosmetologia.
Nem todas as áreas de atuação do farmacêutico apresentam um quadro alentador. "Naquilo que diz respeito a análises clínicas e laboratoriais, os farmacêuticos vêm perdendo terreno para outros profissionais, como os biomédicos", comenta Barbano.

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