São Paulo, segunda-feira, 18 de dezembro de 1995 |
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Reformas econômicas continuam, diz Ieltsin
PHIL REEVES
"Nenhuma circunstância me forçaria a abandonar o curso das reformas que iniciei", disse, ao votar em um sanatório perto de Moscou onde se recupera de problemas cardíacos. Questionado sobre se a volta do comunismo é possível na Rússia pós-soviética, respondeu: "Não, e não novamente". Ieltsin também deu um voto de confiança ao primeiro-ministro Viktor Tchernomirdin. O presidente russo afirmou que pode realizar demissões em seu governo antes das eleições presidenciais, marcadas para 16 de junho de 1996, mas disse acreditar que o novo governo será liderado por Tchernomirdin. A declaração acaba com especulações de que o premiê -que os países ocidentais gostariam de ver no Kremlin- serviria como bode expiatório para a impopularidade do governo e seria demitido. O líder do Partido Comunista, Guennadi Ziuganov, disse que uma eventual vitória de seu partido não significa o retorno ao comunismo da era soviética. "É impossível governar da maneira antiga", disse ele, apesar do programa de seu partido, que prevê restringir privatizações, aumentar o controle estatal sobre a economia e realizar um plebiscito sobre a restauração da URSS. A realização de eleições já é, por si só, um marco na trajetória tumultuada da Rússia em direção à democracia. É apenas a segunda vez que o país tem eleições parlamentares desde o fim da URSS. O pleito também é considerado uma prévia para a eleição presidencial do ano que vem. Texto Anterior: PC lidera eleição para o Parlamento da Rússia Próximo Texto: Saiba quais são os poderes da Duma Índice |
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