São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 1995 |
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Nome da capital significa 'confluência de lama'
ANDRÉ FONTENELLE
O país asiático aguardava havia muito tempo a visita de um presidente brasileiro -desde 1991, quando o primeiro-ministro Mahathir Mohamad visitou o Brasil e convidou o então presidente Fernando Collor. A visita, no entanto, não é apenas de cortesia. Os dois países são candidatos a "tigres" da economia mundial e têm um intercâmbio comercial considerado pequeno. Balança Hoje, a Malásia representa apenas cerca de 0,5% do comércio exterior brasileiro. Uma possível parceria envolve a concorrência para construir a hidrelétrica de Bakun, no oeste malaio. Empreiteiras brasileiras estão na disputa. A obra está orçada em cerca de US$ 5 bilhões. No jantar oficial de ontem na Malásia, Fernando Henrique Cardoso "lembrou" os presentes do fato que os brasileiros estão interessados no projeto. Foram US$ 211 milhões em 94, contra, por exemplo, US$ 384 milhões para a Tailândia. As exportações para a Malásia caíram 14% de 93 para 94. Como consequência desse pequeno intercâmbio, a comunidade malaia no Brasil é pequeníssima -cerca de 20 pessoas. Nos últimos cinco anos, vem diminuindo o saldo brasileiro na balança comercial com a Malásia. Nos primeiros nove meses deste ano, pela primeira vez nos últimos anos, o saldo foi favorável aos malaios, US$ 94 milhões a favor. Produtos A Malásia importa do Brasil, principalmente, ferro, aço e derivados. Exporta aparelhos eletrônicos e derivados de borracha. Na opinião de diplomatas malaios, as diferenças entre as duas culturas não devem impedir um comércio mais forte. "Não vejo muita diferença", avalia a primeira-secretária da embaixada malaia, Zainul Hawani, há dois anos no Brasil. "O brasileiro é naturalmente caloroso e nosso povo também é assim. Só a língua portuguesa é muito difícil." Texto Anterior: Cerimonial desafia a comitiva Próximo Texto: Consórcio eliminado desiste de recorrer Índice |
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