São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 1995
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Réu absolvido quer ser indenizado por prisão

DA SUCURSAL DO RIO

Absolvido de uma acusação de sequestro que o deixou preso por nove meses, o despachante Almir Martins, 38, que receber do Estado do Rio de Janeiro uma indenização calculada em R$ 1 milhão.
Martins alega que contraiu hanseníase durante o tempo em que foi mantido preso. Ele fico quatro meses na DAS (Divisão Anti-Sequestros) e o restante do tempo no presídio Ary Franco, em Água Santa, zona norte do Rio.
O advogado João Tancredo, contratado por Martins, afirmou que o valor da indenização foi sugerido a partir do cálculo previsto para o pagamento de multa para o crime de calúnia.
Tancredo deu entrada no processo na última sexta-feira. O caso foi distribuído para a 2ª Vara de Fazenda Pública do Rio.
O advogado disse que seu cliente foi preso no dia 23 de abril de 94, quando ia visitar a mãe em Acari (zona norte do Rio).
Na época, policiais da DAS investigavam a existência, nas proximidades da casa da mãe de Martins, do cativeiro do empresário Nei Machado, então sequestrado.
Apesar de negar participação no caso, Martins, segundo o advogado, foi preso e indiciado.
Apesar de não ter sido reconhecido pelo empresário sequestrado, Martins foi denunciado pelo Ministério Público e teve sua prisão decretada pela Justiça.
Em dezembro de 94, ao apresentar suas alegações finais, o Ministério Público concluiu que não havia como sustentar a acusação. Um mês depois, em 16 de janeiro, Martins foi absolvido pelo juiz Marcos Quaresma Ferraz.

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