São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 1995
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Supermercados cortam pedidos para janeiro

MÁRCIA DE CHIARA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os supermercados devem cortar em até 10% as encomendas para janeiro de 96 e já estão planejando as promoções para desencalhar as sobras do Natal.
Devido ao pequeno volume de encomendas do varejo para 1996, há indústrias que reduziram ou até mesmo cancelaram as férias coletivas de suas equipes de vendas para garantir o faturamento de janeiro.
A cautela dos supermercados é resultado da queda no faturamento registrado até agora.
Até o dia 15, as vendas nos supermercados paulistas ficaram 6% abaixo das efetuadas em igual período de novembro e 5% aquém do movimento de dezembro de 94, segundo Firmino Rodrigues Alves, presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas).
"Não me lembro até hoje de ter tido no mês de dezembro movimento inferior ao de novembro."
No final de semana, os supermercados tiveram um ligeiro incremento de vendas em relação ao do sábado e do domingo anterior.
"Na sexta e no sábado vendemos 4% mais do que no final de semana passado. Não foi nada de especial", diz David de Araújo Neto, diretor comercial do Sé.
Sem revelar os números, Dinis Dias, diretor do Pastorinho, conta que as vendas do fim-de-semana foram razoáveis e que a empresa está cautelosa nas encomendas. "Não podemos correr o risco de ter sobras de estoque."
Wilson Tanaka, presidente do Sincovaga, que reúne os pequenos supermercados, conta que os empresários estão nivelando os estoques para janeiro porque temem um movimento mais fraco.
Araújo, da rede Sé, diz que não encomendou nada para janeiro e pensa em promoções para desovar as sobras do Natal. Uma grande rede de supermercados, que prefere não ser identificada, conta que fechou 10% dos negócios para janeiro e só de produtos básicos.

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