São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 1995 |
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Justiça já tem ação contra cúpula do BC Processo pede devolução de R$ 3 bi injetados no Econômico ABNOR GONDIM
Entre os acusados estão o ministro Pedro Malan (Fazenda) -presidente do BC no governo Itamar-, o atual presidente do banco, Gustavo Loyola, e o ex-presidente da instituição, Pérsio Arida. A ação quer que sejam devolvidos à União o dinheiro desembolsado em socorro ao Econômico, no período entre dezembro de 1994 e agosto desse ano, quando aconteceu a intervenção do BC. Os dirigentes do BC são acusados na ação de danos ao patrimônio público pela concessão de empréstimos ao Econômico sem a exigência das garantias reais previstas pela legislação. O interesse dos procuradores é saber por que o BC continuou a socorrer este ano o Econômico mesmo sabendo que o patrimônio do banco não seria capaz de honrar o pagamento dos empréstimos. Os dirigentes do BC são acusados de omissão por terem permitido saques à descoberto do Econômico na linha de assistência a bancos em dificuldades financeiras. Relatórios do BC anexados à ação informam que a situação do banco já era preocupante em 1989, quando começou a apresentar falta de liquidez. A Folha apurou que está é a primeira de uma série de ações contra a cúpula do BC. Além de Malan, Loyola e Arida, a ação pede o enquadramento na Lei de improbidade administrativa de Alkimar Moura (diretor de Política Monetária do BC), Luís Gustavo da Mata Machado (chefe do Departamento de Operações Bancárias) e André Romar Fernandes (delegado no Rio de Janeiro, por ter firmado o contrato de assistência financeira com o Econômico). No banco baiano, são acusados de co-responsabilidade o presidente Ângelo Calmon de Sá, o vice-presidente José Roberto David de Azevedo e o presidente do Conselho Administrativo, Alfred de Castro Rebello Kirchoff. Texto Anterior: A hora da verdade Índice |
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