São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 1995
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A volta de Shaq

FÁBIO SORMANI

Depois de ficar de fora exatas 20 partidas, o superpivô Shaquille O'Neal está de volta. Seu debu no atual campeonato da NBA se deu na sexta-feira da semana passada, na vitória do Orlando Magic diante do Utah Jazz, dentro do Orlando Arena. Domingo à noite o Magic pôs o pé na estrada, visitou o Toronto Raptors e, surpresa!, saiu de quadra perdedor.
Bem, mas vencer ou perder, agora, pouco importa. Nesses primeiros jogos o importante é ver como Shaq se comporta. Vamos, pois, a seus números nessas duas primeiras partidas: ele anotou 26 pontos e apanhou 11 rebotes contra o Utah; no jogo diante do Toronto foram 32 pontos e novamente 11 rebotes. Média de 29 pontos por jogo e 11 "Dennys Rodman".
Bom, não é mesmo? Claro que sim, principalmente para quem ficou 20 partidas se recuperando de uma fratura no polegar da mão direita. Você não se lembra como foi a contusão? Ela se deu durante um jogo amistoso contra o Miami Heat, no dia 24 de outubro, no Miami Arena. O pivô Matt Giger, atualmente no Charlotte Hornets, entrou maldosamente em Shaq e provocou o estrago.
Bem, mas isso são águas passadas, o que interessa é o futuro. E ele, apesar do tombo diante dos Raptors, parece ser muito promissor para Shaq e seus companheiros. Especialmente quando um desses companheiros é Anfernee "Penny" Hardaway.
Eleito o "Player of the Month" (jogador do mês) em novembro, Penny, para mim, é hoje o melhor armador da NBA, superior a John Stockton, do Utah Jazz, o homem que mais assistências deu até hoje na história da NBA e que até o final desta temporada de classificação será o número um no quesito "roubo de bola".
Você não concorda? Tudo bem. Digamos então que Penny e Stockton são os dois melhores, OK? Voltemos, pois, ao tema: um time que tem Shaq, Penny e a força de Horace Grant só pode mesmo ter um futuro promissor.
Aí eu fico pensando: Michael Jordan não tem muita estrada para rodar, Hakeem Olajuwon também; Patrick Ewing, idem; o mesmo para Charles Barkley. Shawn Kemp e o Seattle Supersonics adoram naufragar na praia. Sobram Reggie Miller e o Indiana Pacers. Quem mais? Ouvi alguém dizer San Antonio Spurs? Mas David Robinson precisa provar que é de decisão...
Encerrando: haverá no futuro algum time capaz de conter a força de Shaq, Penny e companhia?
Cartas à Redação.

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