São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 1995
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"Spartacus" é o anti-DeMille

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

Hoje, a TNT está inspirada. É capaz de transitar do drama ("A Dama das Camélias", às 12h) à comédia ("Levada da Breca", às 14h) sem perder a pose. O primeiro traz uma Greta Garbo antológica. O segundo é uma comédia idem. Um é de 1937, o outro, de 38, anos de ouro do cinema hollywoodiano.
À noite, um salto para os superespetáculos dos anos 60. Às 22h, "Spartacus", de Stanley Kubrick (62); à 1h, "Rei dos Reis", de Nicholas Ray (61).
"Spartacus" é um anti-Cecil B. DeMille. Sua grandeza não vem da ostentação, mas de uma hábil articulação entre o mito do escravo guerreiro e os meios de produção. "Spartacus" tem um personagem quase marginal: um homem comum em luta contra a adversidade mais extrema e contra nada menos do que o Império Romano.
É a luta que confere grandeza ao personagem, não o resultado. Da mesma forma, é no fazer que Kubrick acha a grandeza de seu filme, não no dinheiro de que dispôs.
(IA)

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