São Paulo, quarta-feira, 20 de dezembro de 1995
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Centro Tecnológico; Pregação semanal; Outro ponto de vista; Privatização; Omissão; Greve inoportuna; Expediente normal; Boas festas

Centro Tecnológico
"O novo Centro Técnico Gráfico da Folha é um exemplo notável da capacidade empresarial brasileira. É empreendimento que, com certeza, marcará a história da imprensa no nosso país. A exemplo de tudo que se faz na Folha, a implantação do Centro carrega a marca da ousadia aliada à segurança na sua realização. Sinceros cumprimentos."
Pedro Piva, senador pelo PSDB-SP (Brasília, DF)

"Desejamos sucesso no novo Centro Tecnológico Gráfico."
Verner Dittmer, superintendente da Equitel Telecomunicações (São Paulo, SP)

"Gostaria de dar os parabéns por esse projeto e desejar muito sucesso."
Richard Sucre, vice-presidente da Philip Morris para a América Latina (São Paulo, SP)

Pregação semanal
"O deputado Roberto Campos utiliza sua coluna semanal na Folha para uma pregação pelo equilíbrio das contas públicas. Qualquer pessoa de bom senso e minimamente esclarecida sabe que a aproximação entre despesas e receitas é fundamental para viabilizar uma política econômica que combata de forma efetiva a inflação e promova o crescimento econômico. Acontece que o deputado Roberto Campos nunca pronunciou uma só palavra sobre os bilhões de dólares arrancados dos recursos públicos para socorrer bancos e banqueiros em dificuldades, preferindo propor cortes nos benefícios sociais. Sempre votou a favor de projetos de lei que ofereciam amplas isenções fiscais ao sistema financeiro e certamente votará a favor do Proer, que é, segundo a Folha, a principal causa do aumento de R$ 5,8 bilhões na dívida interna federal. A revelação da pasta rosa mostra que as campanhas do deputado Roberto Campos foram sempre financiadas por grandes bancos, que o consideram um dos líderes da bancada banqueira. Dá para entender as posições do deputado Roberto Campos. O que é difícil de engolir é o fato de a Folha estar sendo usada ao abrir um enorme e permanente espaço para um lobby tão explícito e, a meu ver, tão danoso à grande maioria da população brasileira."
José Carlos de Almeida, coordenador da Cives -Associação Brasileira de Empresários pela Cidadania (São Paulo, SP)

Outro ponto de vista
"Sinto-me na obrigação de responder aos comentários da sra. Susan Sontag (Folha, 26/11) com referência aos acordos de paz na Bósnia. Sendo norte-americano e cristão ortodoxo, tenho consciência dolorosa de outro ponto de vista sobre a questão bósnia: 1) em diversas ocasiões o patriarca Paule, da igreja ortodoxa sérvia, e seus bispos condenaram abertamente a guerra recente; 2) boa parte da Bósnia-Herzegóvina foi historicamente parte da Sérvia, assim como o Rio Grande do Sul, por exemplo, historicamente faz parte do Brasil; 3) a Sérvia histórica foi retalhada primeiro pelos turcos, depois pelos Hapsburgos, depois pelos nazistas e em seguida pelos comunistas, sob o governo de Tito (que era croata); 4) os sérvios se ressentem dos muçulmanos bósnios porque, na visão dos sérvios, eles eram sérvios traidores. Na Idade Média seus ancestrais sérvios aderiram à heresia maniqueísta (eram conhecidos como 'Bogomils'), e odiavam o cristianismo ortodoxo da maioria esmagadora dos sérvios. Quando os turcos conquistaram a Sérvia, os Bogomils não demoraram a converter-se ao islamismo. Não têm raiva deles apenas por serem seguidores do Islã, e sim porque são sérvios que abandonaram sua fé ancestral em favor de uma heresia e aceitaram a fé de seus conquistadores turcos; 5) os sérvios foram nossos aliados na 2ª Guerra Mundial. Já os croatas criaram um Estado de apoio aos nazistas. Precisamos reconhecer que os sérvios bósnios não se vêem como agressores ou maníacos loucos por aumentar suas conquistas, e sim como homens que lutam por seu próprio país, dentro de seu próprio país. Quer acreditemos ou não em sua posição e sua abordagem, a história sem dúvida alguma oferece bastante sustentação ao ponto de vista deles, e eles merecem, no mínimo, ser ouvidos no tribunal da opinião mundial."
Louis Roussos (Brasília, DF)

Privatização
"Com referência à reportagem 'Covas depende da Assembléia' (13/12), venho informar, como líder do Prona na Assembléia Legislativa de São Paulo, que desconheço o apoio de meu partido ao projeto da venda de ativos do Estado, entre eles a Fepasa -Ferrovia Paulista S/A. Não apoiamos a privatização da Fepasa; somos contra por entender que saldar a dívida do Banespa a custo da venda de qualquer patrimônio do Estado consiste em um grande retrocesso."
Célia Artacho, deputada estadual pelo Prona (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Carlos Magno de Nardi - A reportagem não afirma que o Prona é favorável à privatização da Fepasa. O texto diz que o governador tem hoje uma bancada de 57 deputados -parlamentares que votam ou votaram a favor das suas propostas, como é o caso da deputada.

Omissão
"Por que a Folha não mencionou, nas reportagens sobre a anulação do vestibular da Unicamp, o papel decisivo do 'Correio Popular' no caso? Um fato extremamente importante no caso da anulação do vestibular da Unicamp, que nós, leitores, deveríamos saber."
Celi Nelza Zulke Taffarel (Recife, PE)

Greve inoportuna
"Reclamo contra o Sindicato dos Correios. Pelo terceiro ano consecutivo fazem a greve em período de Natal e Ano Novo. Dizem que os Correios tomam medidas severas dispensando as principais lideranças e contratando novos funcionários concursados. Acredito que por tudo isso os Correios não devem ter mais exclusividade no serviço de via postal, abrindo concorrência para outras empresas fazerem o serviço de malote e até mesmo o serviço postal."
Vitor Jacques de Moraes (Brasília, DF)

Expediente normal
"É inaceitável que leitores como o sr. Marcos Cardoso Leite, de São José do Rio Preto, denigram a imagem da Justiça Federal com comentários inverídicos, alegando que a Justiça Federal estendeu os feriados, não dando expediente em 13/10 e 3/11. Os expedientes nesses dias foram normais."
Maurício Vaz Guimarães (Campinas, SP)

Boas festas
A Folha retribui as mensagens de boas festas que recebeu de: Carlos Eduardo Moreira Ferreira, presidente da Fiesp (São Paulo, SP); Adidas (São Paulo, SP); Eduardo Octaviano e Cristina Cesana, da American Express (São Paulo, SP); Lucia Paes de Barros, da United Airlines; Akihiro Otani, diretor, e Jo Takahashi, da Fundação Japão (São Paulo, SP); Cativa -Cooperativa Agropecuária de Londrina Ltda. (Londrina, PR); Solon Y. Tagusagawa, da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (São Paulo, SP); Transurb -Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (São Paulo, SP); Luiz D'Artagnan de Almeida, diretor-presidente da Fundação Instituto Agronômico de Campinas (Campinas, SP); Elite (São Paulo, SP).

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