São Paulo, sábado, 23 de dezembro de 1995
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Pesquisa dos EUA revê proibição ao cigarro

DA REPORTAGEM LOCAL

Fumar em ambientes fechados pode não aumentar os riscos de câncer nos pulmões.
Um documento elaborado pelo Serviço de Investigações do Congresso dos EUA (CRS) desafia as conclusões sobre o risco de fumar em ambientes fechados.
Essas conclusões, da Administração para a Segurança Ocupacional e Saúde dos EUA (Osha), levaram à proibição do fumo em locais de trabalho, pois o hábito poderia provocar câncer.
Segundo essas conclusões, a fumaça seria um cancerígeno do tipo A, considerado perigoso.
Essa classificação foi estabelecida em 1993 pela Agência para a Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos (EPA).
O novo documento, publicado no mês passado, foi baseado em um estudo feito pelo Serviço de Investigações do Congresso durante 20 meses.
O estudo incluiu boa parte dos dados que já haviam sido analisados pela própria EPA e outros quatro estudos inéditos.
Conclui que "é provável que as pessoas não estejam expostas a fumaça suficiente do tabaco para considerar que exista um aumento do risco de câncer de pulmão.
O documento desafia as suposições da Osha para apoiar a proibição do fumo nos locais de trabalho, proposta pela instituição.
Após a divulgação do documento, Wendell Ford, político democrata do Kentucky (EUA), pediu ao Congresso dos EUA a reabertura de audiências da Osha ligadas à "qualidade ao ar interior.
Segundo Thomas Borelli, diretor de política ambiental da empresa de tabaco Philip Morris, "o estudo fornece apoio às críticas às alegações sobre os males do fumo divulgados pela EPA.
O CRS é considerado um serviço de pesquisas independente do Congresso norte-americano.

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