São Paulo, sábado, 23 de dezembro de 1995 |
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Ministro defende glebas menores para sem-terra
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
"O Brasil é muito grande e muito diversificado. Não se pode ter uma regra para o país inteiro. Temos de analisar de acordo com as regiões e reduzir onde for possível e tecnicamente recomendado." Andrade Vieira disse que a extensão dos lotes dependerá de cada região. Com a redução, segundo ele, o tamanho das glebas nas regiões mais férteis pode ficar entre 10 e 15 hectares. "Em área irrigada, pode ser 7 ou 8 hectares." No Rio Grande do Sul, os assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária têm lotes de 20 hectares. Na segunda-feira passada, o presidente Fernando Henrique Cardoso disse na Malásia que o Brasil devia "aproveitar a experiência" da reforma agrária daquele país, onde as famílias, segundo ele, têm lotes de quatro hectares. O ministro defendeu também a eliminação das reservas ambientais dos assentamentos -áreas que os agricultores têm de preservar e que correspondem 20% do tamanho dos lotes. "O governo gasta um dinheirão para desapropriar as áreas e depois faz essa reserva, que não é reserva de coisíssima nenhuma, porque já foi explorada toda a madeira, não existe mais animais." Texto Anterior: Crise não vai parar reforma, afirma Serra Próximo Texto: Incra e MST fazem guerra de números Índice |
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