São Paulo, sábado, 23 de dezembro de 1995 |
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JOSÉ HENRIQUE MARIANTE Pelo menos um atributo você deve ter para utilizar a Internet: paciência.Para cada endereço, página ou seja lá o que for que você queira chamar, é necessário esperar um tempão. Aquela coisa de estar conectado no mundo é instantâneo só na novela e no cinema. Mas você acaba cedendo à curiosidade e fica procurando o que interessa, ou seja, F-1. Fui direto para o primeiro endereço que tinha, o da Benetton. Achei várias mensagens de congratulações ao time e ao alemão por sua vitória em...Suzuka. O serviço, que é de responsabilidade do patrocinador principal da equipe, estava desatualizado. Dizem que, em época de GP, traz fotos e comentários poucas horas após os treinos e as corridas. Depois encontrei um serviço de informação independente, de atualização semanal, cujo o responsável abria o texto de forma honesta: "As informações prestadas são colhidas em publicações de todo o planeta. Algumas não são confirmadas. Mas, como sabemos, onde há fumaça, há fogo". Ou seja, se a boataria pelas vias normais já era grande, pela Internet será ainda maior -pior, em algum tempo, mais veloz. Outro endereço que tinha era o "oficial" da Ferrari, o da própria escuderia. Na verdade, ele se perde entre dezenas de outros endereços especializados no time. Tem maluco para tudo e a Ferrari acaba virando objeto de adoração em diversas modalidades. Assim é possível achar informações sobre o próprio time como, também, sobre modelos em escalas dos tradicionais carros vermelhos. O "oficial" é apresentado de uma maneira bastante abrangente e racional. Para evitar a demora, os arquivos são bastante detalhados. Assim, para chegar ao que versa sobre a história do fabricante de automóveis, é necessário enfrentar uma infinidade de menus. Mas, no final das contas, a espera é menor e você fica sabendo o porquê do cavalinho. O símbolo estava pintado originalmente no aeroplano de Francesco Baracca, um herói da aviação italiana na Primeira Guerra. Em 1923, Enzo Ferrari se encontrou com os pais do piloto, que morrera. E eles sugeriram ao construtor que utilizasse o símbolo em seus carros, o que acabou acontecendo seis anos mais tarde. A história não pára ai, é claro. Vai longe e chega até aos dias atuais, quando os carros italianos já estão sendo pilotados, na pista, pelo alemão Michael Schumacher. Texto Anterior: Alegria de ser Botafogo nunca foi tão grande Próximo Texto: Notas Índice |
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