São Paulo, domingo, 24 de dezembro de 1995 |
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Ao Papai Noel
JUCA KFOURI De preto, branco e vermelho como lhe convém, Papai Noel tinha um ar preocupado ao ser encontrado pelo repórter nas imediações do Morumbi.Estava difícil atender a alguns dos pedidos que ele havia recebido. O do São Paulo, por exemplo. O clube quer um estádio novinho em folha, mas ainda não se lembrou de avisar o que as pessoas que quiserem a mesma coisa devem fazer para ajudar. Já o Corinthians pediu que se estabeleça um mínimo de entendimento interno entre dois de seus dirigentes, José Mansur Faraht e Edgar Soares, que querem ser o próximo presidente. Porque, senão, de sonho, a Libertadores se transformará em pesadelo. O Palmeiras não quer muito. Só deseja que apareçam os substitutos de César Sampaio, Zinho e Evair. As saudades são imensas. O Santos pediu ao Papai Noel que arrume um contrato para Márcio Rezende de Freitas no Alasca. De quebra, deseja que Ricardo Teixeira goste da idéia e vá junto. Pelo menos, gelo é o que não falta por lá. Modesto em sua grandeza, o Flamengo almeja apenas um presidente. Só um presidente, nada mais. O resto se arranja. A cartinha do Fluminense é ainda mais singela: pede que Renato Gaúcho continue nas Laranjeiras. O clima fez bem a ambos. O Botafogo, ora, o Botafogo pediu um título como o que acabou de ganhar, sem tirar nem pôr. De quebra quer a permanência do técnico Paulo Autuori e que os paulistas voltem a frequentar suas cozinhas no ano que vem, sem medo de voltar a conviver com o fogão. Difícil mesmo será atender o Vasco. Ao chegar perto de São Januário, Papai Noel sabe que voltará a encontrar aquele homem barrigudinho que todo ano, com uma metralhadora giratória, impede que ele atenda aos anseios do clube. Mas garantiu ao repórter que, mais uma vez, vai tentar. O Grêmio quer um 1996 igualzinho a 1995. Para o Inter. E Atlético-MG e Cruzeiro solicitam que possam jogar todas as suas partidas com 11 homens. Admitem até jogar com 7, desde que sejam 7 homens. Eduardo Farah pediu o fim da liberdade de imprensa e, na sua esteira, Laerte Alves e Marquinho Chedid solicitaram que tudo acabe em pizza. Solidário com todas as dificuldades do Papai Noel, o repórter manifestou que deseja apenas um feliz Natal ao leitor. Texto Anterior: Notas Próximo Texto: Modalidades improvisam para ir a Jogos Olímpicos Índice |
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