São Paulo, quinta-feira, 28 de dezembro de 1995
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BC altera minibanda do dólar comercial

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Banco Central alterou ontem a minibanda de variação do dólar comercial (importação e exportação). A cotação máxima permitida pelo BC agora é de R$ 0,975, enquanto que o piso para a cotação da moeda norte-americana foi fixado em R$ 0,970.
Na minibanda anterior, o dólar comercial podia variar entre R$ 0,966 e R$ 0,971. No entanto, a banda propriamente dita de variação do dólar continua a mesma, R$ 0,91 e R$ 0,99 e, segundo operadores, não deve se alterar nos próximos meses.
A mudança de minibanda não significa alterações na política cambial praticada pelo BC. Um grande banco estrangeiro estimava ontem que a variação mensal do câmbio comercial deve ficar próxima de 0,4% nos próximos meses.
Já o câmbio paralelo chegou a ser vendido ontem a R$ 0,995, com o ágio sobre o comercial chegando aos 2,5%.
As Bolsas de Valores continuaram operando em ritmo lento durante o pregão de ontem. No mercado paulista, o volume negociado foi de R$ 105,59 milhões -inferior ao de terça-feira (R$ 136,7 milhões).
O índice fechou com baixa de 0,4%, praticamente zerando o ganho do dia anterior, quando a Bolsa registrou alta de 0,47%. O mercado à vista girou R$ 96 milhões.
A Bovespa deve continuar "andando de lado" durante a semana, segundo o jargão, que é usado nos momentos de calmaria, de estabilidade das cotações.
Assim a Bolsa não deve recuperar tão cedo a desvalorização ocorrida desde setembro, quando o índice ultrapassou 46 mil pontos.
As taxas dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário) ficaram praticamente estáveis, 32,70% ao ano -2,63% ao mês.
Por conta do feriado do dia 25 de janeiro -que comemora o aniversário da cidade de São Paulo-, a maioria dos bancos preferiu trabalhar com prazo de 33 dias para os CDBs.
O título da dívida externa brasileira C-bond negociado no mercado de Nova York voltou a bater recorde de alta no ano, sendo cotado a US$ 0,5662. No dia anterior, o C-bond estava cotado a US$ 0,5661. A principal razão para a alta é a expectativa de queda dos juros no mercado norte-americano.

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