São Paulo, quinta-feira, 28 de dezembro de 1995
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Atletas lurtam por revezamento

ANDRÉ FONTENELLE
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma luta acirrada envolve duas vagas para a equipe brasileira de natação dos Jogos Olímpicos: as que completam o revezamento 4 x 100 metros, nado livre.
"Tem muito atleta brigando pela vaga. Isso é bom", diz o treinador Alberto Klar, da seleção brasileira.
A equipe terá Gustavo Borges, Fernando Scherer e mais dois. Esses dois serão os nadadores que conseguirem os melhores tempos nos 100 m, nado livre, até maio.
Quaisquer que sejam os eleitos, o Brasil terá boa chance de medalha na prova: o país é o atual campeão e recordista mundial em piscina curta, no 4 x 100 m.
Por enquanto, estão na equipe André Cordeiro e Alexandre Massura Neto, nadadores do Minas.
Cordeiro tem um tempo de 51s33, e Massura, de 51s49. Os dois compuseram a equipe brasileira campeã mundial em piscina curta, este ano, no Rio.
Mas a concorrência não desanima. "É difícil, mas estou confiante. Se repetir meu melhor tempo, de 51s12, eu vou", afirma Teófilo Ferreira, colega de Cordeiro e Massura no Minas.
Ferreira fazia parte da equipe brasileira que estabeleceu o recorde mundial em piscina de 25 metros, na Espanha, em 1993.
Desde então, seus resultados caíram e ele perdeu o lugar na equipe brasileira. Está tentando voltar à sua melhor forma. Encerrou, recentemente, um período de treinamento nos EUA.
Outros nadadores que têm chances são Emanuel Nascimento, Carlos Lima e Cassiano Leal.
Os atuais companheiros de revezamento de Borges e Scherer sabem que terão que lutar muito para conservar seus lugares.
"É um revezamento espetacular e tenho que marcar minha presença", diz Cordeiro.
Ele também tem esperança de participar do revezamento 4 x 200 metros, nado livre, caso o Brasil consiga índice para a Olimpíada também nessa prova.
Segundo Alberto Klar, o Brasil ainda tem condição de obter vaga nos revezamentos 4 x 200 m, livre, e 4 x 100 m, medley. No feminino, as chances são menores.
Massura, por sua vez, ainda luta por índice nos 100 metros, nado de costas. "Tenho que baixar meu tempo em 0s8", explica.
A competição por duas vagas não incomoda os três colegas do Minas Tênis. "A gente nem conversa muito sobre isso, para não ficar um clima muito pesado", conta Massura.
No Troféu Brasil, os três não esperam grandes marcas. "Vou tentar melhorar meu tempo", conta Massura. "Mas, se não der, vou me programar para as seletivas de abril e maio."
Os atletas que buscam índice para a Olimpíada enfrentam dois problemas: o desgaste pelo Mundial de piscina curta, encerrado no início deste mês, no Rio, e a passagem de uma piscina de 25 metros para uma de 50 metros.
(AFt)

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