São Paulo, quinta-feira, 28 de dezembro de 1995 |
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Mostra inaugura primeira galeria fotográfica brasileira na Internet
ANA MARIA GUARIGLIA
O objetivo da iniciativa é mostrar e divulgar as imagens do Brasil, principalmente as de temas sociais, propondo também reflexões sobre o papel da fotografia como meio artístico e de informação. Fotografia na Internet não é nenhuma novidade, mas sua presença na rede concretiza o ideal da revolução tecnológica, que preconiza o uso de suportes digitais. Em relação ao filme tradicional, a vantagem maior do processo é a sua agilidade. A transmissão de uma foto é rápida e pode ser captada em qualquer lugar do mundo onde exista uma estação digital. Apesar disso, o filme convencional pela qualidade de sua impressão, ainda tem primazia sobre a foto digital, servindo de base para sua confecção. As fotos da mostra, por exemplo, foram produzidas a partir de imagens convencionais, que, posteriormente, foram arquivadas em um CD-ROM -disco óptico similar aos CDs. Obviamente, esses fatores não impedem a evolução da foto digital e nem inibem o crescimento da foto processada em laboratório. "Essa tecnologia abre milhares de opções para o desenvolvimento da fotografia em todas as áreas de sua atuação", explica Prado. Para Pereira, 48, o caminho da fotografia na Internet é a descoberta da América e afirma que "é um novo meio de mostrar trabalhos aos milhões de usuários da rede". Além de acompanhar a exposição e conhecer a biografia do fotógrafo, é possível obter outros serviços on line exclusivos. Existem links que dão acesso a homepages com publicações editoriais, portfólios de vários fotógrafos e listagens de agências de fotos e das mostras internacionais. A exposição comemora os 300 anos da morte de Zumbi, apresentando um perfil do negro brasileiro, e homenageia Pereira em seus 25 anos de fotojornalismo. Os flagrantes fazem parte de um projeto que o fotógrafo criou em 1974, para mostrar a cultura negra das várias cidades brasileiras. Um dos destaques é o retrato de uma menina sudanesa, que vive em uma comunidade maranhense, onde o babaçu e a farinha de mandioca são as bases da subsistência. Pereira é mineiro, foi repórter fotográfico da Folha entre 88 e 89 e, atualmente, trabalha com projetos fotográficos e editoriais. Exposição: Black Brasil Onde: Internet Endereço: http://eu.ansp.br:80/~fanhembi/PhotoGaleria Texto Anterior: Compositor traça painel secreto da Rússia Próximo Texto: Enya faz fusão entre misticismo, música céltica e música clássica Índice |
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