São Paulo, sexta-feira, 29 de dezembro de 1995
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Duas mulheres são sequestradas por 5h

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

Duas corretoras de imóveis foram sequestradas ontem e mantidas como reféns por cinco horas por três ladrões, que exigiram R$ 5.000 para soltá-las. Elas foram soltas e dois acusados, presos quando iam pegar o dinheiro em um banco nos Jardins (zona oeste).
Magali Pereira Izaguirre, 37, e Dilma de Paula e Silva, 49, saíram de manhã para visitar uma cliente na rua Apinagés, em Perdizes (zona oeste). Elas saíam da loja, às 10h30, para entrar no Renault 19 de Magali quando foram rendidas por dois homens e uma mulher.
Os ladrões entraram no carro e rodaram por cerca de uma hora com as duas reféns. Queriam sacar dinheiro no caixa eletrônico, mas não conseguiram. O Renault foi deixado em Perdizes.
Os assaltantes passaram os reféns para um Kadett e continuaram a rodar com o carro. Mandaram Magali fazer um cheque de R$ 3.000. Os ladrões pararam o Kadett perto da agência do banco Real, na esquina da rua Estados Unidos com a avenida 9 de Julho.
O assaltante entrou no banco e tentou sacar o dinheiro, mas não conseguiu, pois, nas retiradas acima de R$ 1.000, o banco exige que os clientes reserve o dinheiro.
O assaltante retornou ao Kadett. Voltaram a andar com o carro e mandaram Magali ligar para o banco a fim de reservar o dinheiro. A corretora telefonou de seu celular para o gerente do banco e disse que iria buscar R$ 5.000.
"Ele (o gerente) percebeu que a corretora estava aflita e desconfiou", afirmou o delegado Alberto pereira Matheus Junior, 32, da Delegacia de Roubo a Bancos.
Dois investigadores da delegacia estavam na agência pagando contas. O gerente pediu que eles esperassem na agência a fim de que verificar o que estava acontecendo com a corretora.
Quando Magali entrou no banco, um dos policiais se aproximou e conversou, disfarçadamente, com a corretora. Ela contou que um dos ladrões a estava observando dentro da agência e que os outros estavam com sua amiga em um Kadett parado na rua.
O outro investigador saiu da agência e achou o Kadett antes que o dinheiro fosse sacado. O policial fez um disparo para o alto e prendeu o acusado Adriano da Silva Santana, 21. "Fui pego em flagrante, não sou inocente", disse.
Enquanto isso, saíram correndo da frente do banco um homem e uma mulher. O homem fugiu. A mulher teria rendido um taxista e entrado no Fiat Uno do motorista, mas foi presa por policiais femininas. Dalva de Carvalho, 24, a acusada, disse que foi forçada e participar do crime para pagar um dívida. A polícia recuperou o Kadett, que era roubado, e o Renault.

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