São Paulo, sexta-feira, 29 de dezembro de 1995 |
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La Raia! A volta da salsicha ventríloqua!
JOSÉ SIMÃO
E continuo apaixonado pelo programa da Regina Casé em Portugal. Eu quero ir pra Portugal com o roteiro dela. E diz que em Portugal a segunda parte de "...E o Vento Levou" passou como "...E o Vento Voltou". E "Malcolm X", como "Pior Sem X". E o melhor slogan de Portugal é aquela campanha de doação de sangue: "Dê! Talvez não doa tanto". Rarará. Esses são meus votos de ano novo para as encalhadas: "Dê! Talvez não doa tanto". Rarará! Cruzes! Ai, minha Santa Periquita do Bigode Loiro! O que é aquilo? A Cláudia Raia parece uma salsicha. Uma salsicha ventríloqua. Não fuja da Raia, corra! Ela tá parecendo uma traveca. Só falta o pingolim. Rarará! Uma traveca entrevada. Aquilo não é dança, é campeonato de aeróbica. Deixa a Broadway saber que aquela festa de formatura de escola de dança no Meyer tão chamando de Broadway. A Cláudia Raia é uma grande cômica. Isso é o que ela é: uma grande comediante. Ela bêbada anunciando licor de acerola com gosto de cueca tava hilária. Sensacional! E aí fez um número com o Raul Gazzola. E o Gazzola tem mais peitos que ela? Rarará! ACM acordou cantando! FHC na Bahia! E o Bóris, embevecido com a imagem da praia à noite: "A Bahia é linda até no escuro". Errado! A Bahia é linda principalmente no escuro e quando muito bem-acompanhado. Rarará! E o Don Doca FHC na TV? Eu já disse que de tanto que viaja devia ensinar o povo a fazer a mala: "Olha, a calça vocês dobram assim e o sobretudo, dobra assado. E a dona Pizza Hut? A dona Ruth a gente não dobra, enrola. Rarará. Nóis sofre mas nóis goza. Vai indo que eu não vou. Quem fica parado é poste! PS: Definição FHC de pátria: não há como amá-la sem a mala! Rarará! Texto Anterior: EUA batem recorde de bilheteria em 95 Próximo Texto: John Ford mostra os artifícios da solidão Índice |
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