São Paulo, sexta-feira, 29 de dezembro de 1995
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Livro conta saga gastronômica de Elvis

DANIELA FALCÃO
DE NOVA YORK

Elvis Presley comia como um porco. Essa é a conclusão que o norte-americano David Adler chegou com seu livro "The Life and Cuisine of Elvis Presley" (A Vida e a Cozinha de Elvis; Crown Trade Paperbacks; US$ 15,00).
Adler passou quase um ano viajando pelos EUA seguindo os passos percorridos pelo rei. Sempre atrás de cozinheiros, garçons e amigos que cuidaram das refeições de Presley.
Para Adler, comer era o maior vício do cantor. "A comida era a principal paixão de Elvis, mas também foi ela que o destruiu", afirma.
O escritor -que obviamente é fã tanto de Elvis quanto de um bom prato de comida- começou a pesquisa em Tupelo e Memphis (Tennessee), cidades onde o rei nasceu e foi criado.
Adler entrevistou vizinhos do cantor, seu meio-irmão e a responsável pela cozinha da L.C. Humes High School, onde Elvis se formou.
Além de fotos dos locais onde o cantor costumava comer e reproduções de cardápios, o livro traz as receitas dos pratos prediletos do rei para serem feitas pelos leitores.
Na época de infância e adolescência, as comidas que o cantor mais gostava eram tomates verdes fritos e qualquer coisa que levasse milho, galinha frita e batatas fritas.
Adler continua sua peregrinação culinária por lanchonetes e hotéis que Elvis percorreu no início dos anos 50, antes de ficar famoso.
Foi nessa época que o rei desenvolveu o hábito de complementar as refeições com lanchinhos nos intervalos. Como todo americano, milk-shakes, hambúrgueres e hot-dogs eram os prediletos do cantor.
As orgias gastronômicas sofreram um intervalo durante o período em que Elvis se alistou no Exécito, mas voltaram com força total em 1964, quando o rei se instalou em Graceland. E a melhor parte do livro, mais cheias de detalhes, começa aí.
Adler entrevistou e provou da comida de Pauline Nicholson, cozinheira de Elvis por mais de 16 anos, até a morte dele.
A cozinha de Graceland funcionava 24 horas por dia a as cozinheiras eram divididas em dois turnos. Pauline trabalhava à noite e, por isso, terminava sendo quem preparava a maior parte das refeições do rei, já que ele só acordava por volta das 17h.
Segundo Pauline, o cantor pedia comida pessoalmente pelo telefone e geralmente comia no quarto, deitado na cama. Salsicha, bacon, ovo e perna de galinha frita (que ele chamava de "carne feia") eram os pratos prediletos de Elvis em Graceland.

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