São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 1995
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Nova droga poderá facilitar o tratamento

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

Uma nova droga lançada no mercado brasileiro há poucos meses promete facilitar o tratamento de um tipo raro de leucemia -a leucemia de células cabeludas.
Essa leucemia representa cerca de 2% de todas as leucemias -cerca de 600 novos casos por ano nos Estados Unidos.
A importância dessa leucemia é que ela é uma doença difícil de ser percebida. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma e a doença pode demorar muitos anos para se manifestar.
A leucemia de células cabeludas atinge os adultos na faixa dos cinquenta anos de idade.
Os sinais mais comuns são o aumento do tamanho do baço (órgão que destrói células sanguíneas mais velhas), diminuição do número das células de defesa do organismo e infecções graves.
O tratamento dessa leucemia era feito com a retirada do baço (para diminuir a quantidade de células anormais) e com uso de interferon (substância que modula as respostas imunológicas do organismo). Os resultados nem sempre eram animadores.
A nova droga -cladribina- é uma forma de quimioterapia que vem sendo empregada há alguns anos em países como Estados Unidos, Alemanha e Reino Unido.
O tratamento tem se mostrado bastante eficaz em quase 90% dos pacientes. A droga é bem tolerada pelo organismo e há menos efeitos colaterais (náuseas, vômitos e queda de cabelos) do que outras formas de quimioterapia.
Leucemias crônicas
As leucemias crônicas mais comuns (mielóide e linfóide) atingem mais os adultos e são de detecção mais difícil.
Muitas vezes, só são diagnosticadas, por acaso, em um exame de sangue de rotina. Os pesquisadores não sabem ao certo as causas das leucemias.
(JB)

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