São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 1995
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SP inicia em janeiro a troca de seringas; O NÚMERO; Criança com Aids pode perder casa; Hospital espera vítimas do réveillon; Saúde deve ter mudanças em 96

AURELIANO BIANCARELLI

SP inicia em janeiro a troca de seringas
O diretor do programa estadual de Aids, Paulo Roberto Teixeira (foto), disse que a Secretaria da Saúde entrará com pedido de habeas-corpus preventivo para colocar em prática, já em janeiro, os programas de troca de seringa para dependentes de drogas injetáveis. Pela lei de drogas em vigor, distribuir seringas é o mesmo que traficar.

O NÚMERO
43.460 ...é o total de doentes de Aids notificados no Estado de São Paulo desde o início da epidemia. Desses, 35.351 são homens e 8.109 mulheres; 28.371 já morreram. Os dados constam do boletim epidemiológico que a Secretaria de Estado da Saúde divulgará na próxima semana. No Brasil, já foram notificados 71.111 casos.

Criança com Aids pode perder casa
O Projeto Viver, uma casa que abriga 23 crianças com Aids no Morumbi (zona sul de SP), pode fechar as portas por falta de ajuda. Entre as crianças estão quatro recém-nascidos. A casa existe há dois anos e vem sendo mantida por empresas e voluntários. A diretora Sonia Boguzinskas disse que, para sobreviver, o projeto precisa de empresas que cubram os gastos com aluguel, luz e água. Informações pelo tel. (011) 842-4328.

Hospital espera vítimas do réveillon
Os feriados de fim de ano costumam ser os dias mais violentos nas grandes cidades. Só o pronto-socorro do Hospital das Clínicas de São Paulo, o maior do país, está mantendo 15 cirurgiões de plantão. Outros médicos poderão ser chamados para emergências. Segundo o hospital, o número de pacientes do PS cai pela metade nesses dias, mas a maioria dos que entram precisa de internação. Em geral, são vítimas de acidentes de carro, armas de fogo ou coma alcoólica.

Saúde deve ter mudanças em 96
Reforma da Previdência e uma possível aprovação do CPMF -imposto cobrado sobre cheques- podem dar aos serviços públicos de saúde um pequeno alento em 96. O "imposto do cheque" renderia cerca de R$ 6 bilhões-ano, quase dobrando os recursos do Ministério da Saúde. O governo paulista, por sua vez, quer reforçar o caixa cobrando atendimentos que prestar a associados de planos privados de saúde.

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