São Paulo, domingo, 31 de dezembro de 1995
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a Internet na terra

Pela primeira vez uma novela de TV inclui um computador entre seus personagens. Uma feira de computadores em São Paulo atrai 800 mil pessoas. Metade das revistas na banca mais próxima traz siglas estranhas como e-mail, WWW e FTP.
O computador encontrou em 1995 um lugar no imaginário brasileiro. É estrela de outdoors, esquetes de humor, reportagens e colunas.
A revolução do computador pessoal no Brasil, se acontece um pouco tarde, vem alavancada por uma palavrinha mágica: Internet.
A rede mundial de computadores se instala no país aos trancos e barrancos. Hoje, apenas 120 mil pessoas têm acesso a ela no Brasil (o dado é aproximado), mas os principais jornais, além de duas emissoras de TV (Globo e SBT), já têm serviços na sua porção multimídia, a World Wide Web (WWW).
Já é possível fazer compras em algumas lojas eletrônicas, como as do Banco Rural, ver a previsão do tempo nas páginas do Inpe, acompanhar as cotações da Bolsa de Valores e encomendar doces na Brunella, doceira de São Paulo.
O governo iniciou um projeto de ampliação da Internet acadêmica para abrigar também tráfego comercial. A Embratel teve uma estréia acidentada na Internet: primeiro anunciou, com intenções monopolistas, a inauguração de um serviço Internet em maio. Acabou com as asas cortadas pelo ministro Sérgio Motta, que determinou que a estatal só poderá conectar empresas à rede, ficando de fora do atendimento a usuários finais.
Do ponto de vista dos negócios, o "ano da Internet" brasileiro acabou tendo muita fumaça e pouco fogo. Grandes empresas como a IBM, a Unisys e a Microsoft anunciaram sua

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