São Paulo, quinta-feira, 2 de fevereiro de 1995 |
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Imagem de "Fonte" é rançosa
MARCELO REZENDE
No caso de Altberg, a grande causa são aos mulheres. Ou melhor, os problemas a serem vencidos pelas mulheres durante toda a vida. Problemas que significam, apenas, vencer a influência danosa da imagem masculina. Um engajamento que traz ainda um reforço irônico. A presença de Lucélia como o arquétipo da mulher que sofre, representado em três diferentes papéis. O resultado final é um filme deslocado, que oscila de forma terrível entre a boa intenção (que ao menos em Alteberg parece se ligar ao engajamento) e a pretensão de realizar um cinema respeitável. Um cinema de qualidade, vitimado por sua total falta de identidade. Um filme que mostra o momento em que se procurava uma saída qualquer para o cinema nacional, tendo como consequência a procura de um modelo de sucesso —no caso a TV. E tendo como resultado, também, um filme qualquer. Texto Anterior: 'Kean' mostra que o teatrão está vivo Próximo Texto: Fernando Pessoa criou o slogan perfeito Índice |
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