São Paulo, domingo, 5 de fevereiro de 1995 |
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Inflação cai mais rápido que os juros
FIDEO MIYA
Nesse período, a taxa média dos três principais índices de inflação caiu de 3,05% em novembro, 1,43% em dezembro, 1,13% em janeiro e deve ficar em torno de 1% em fevereiro. O resultado é que o juro real (acima da inflação média) do CDI-over subiu de 1,03% em novembro para 2,38% em dezembro, recuando ligeiramente para 2,33% em janeiro e projeta manter-se nesse patamar em fevereiro. Isso representa juro real acima de 30% ao ano, um dos maiores do mundo. Os 3,29% projetados para fevereiro correspondem a uma taxa nominal, sem descontar a inflação, de 47,47% ao ano, quase três vezes a taxa de 7,59% ao ano que os investidores internacionais recebem pelos títulos do Tesouro norte-americano ("Treasury bonds"), com prazo de 30 anos. Os rendimentos das aplicações financeiras, mesmo sujeitas ao "teto" do CDI e ao desconto do IR na fonte de 10%, também são atraentes se comparados com o padrão internacional. Para o investidor da caderneta de poupança, o rendimento líquido para as contas que "aniversariam" no próximo dia 1º de março será de 2,3623%. Se a inflação média em torno de 1% for confirmada, o rendimento real da poupança será de 1,35% no mês, que equivale a um juro real anualizado de 17,44%. Texto Anterior: Competitividade é tema de amanhã Próximo Texto: Analistas se dividem sobre objetivos da política do BC Índice |
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